quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Morte de Feito Craque abala o turfe carioca

Os cavalos comentavam que ele era cheio de manias, mas não há um único puro-sangue inglês que não gostasse de Feito Craque. O cavalo morreu na madrugada da última terça-feira e a quantidade de visitas, em seu velório, foi enorme. Precisa se destacar a importância dos cavalos que se fizeram presentes, o que aumenta ainda mais a categoria e classe do defensor do Haras LLC.

Alucard, vencedor do Grande Prêmio Paraná (G1-2400mA) em dezembro último, foi um dos primeiros a se despedir do filho de Ski Champ e Voice of Love (Minstrel Glory). “Ele era um grande cavalo. Experiente, brigador, mas amigo dos amigos. Não lembro de nada ofensivo em relação a ele. Quando cheguei na frente dele, por pequena diferença, no Clássico Inverno – Taça Carlos e Manoel Mendes Campos (L.-1900mA), lembro que Feito Craque falou para mim. ‘Agora é contigo rapaz. Parabéns pela conquista, você mereceu e merece muito mais’. Ele tinha acabado de perder e mostrou o que é competir. Deixará saudades, sem dúvidas”, declarou o alazão.

Cerutti, aos 8 anos, também foi ao velório de Feito Craque. “Como o tempo passa rápido. Mas foi uma grande lástima essa partida do castanho. Realmente era um gentleman na raia. Fora dela, muito brincalhão. Tinha nome e pose de craque. Nos deixar com 7 anos é uma grande pena”, disse o cavalo, que venceu Feito Craque em janeiro de 2007, no GP Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (G3-2000mA).

Ovo Frito relembra com carinho as vezes que esteve com o pensionista de Reizinho. “Feito Craque era um piadista. Tinha um nome de campeão e me gozava muito, por conta de meu nome. Tinha dias de corrida que ele chegava perto de mim, logo após o cânter, e soltava. ‘E ai, tem como fazer ovo mexido ou só sai frito’, e saia relinchando, brincalhão como era. Porém, quando era ele quem brincava, não me chateava, pois tinha um jeito especial de brincar. Vai com Deus amigo.”

O vencedor do GP Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (G3-2000mA) deste ano, Amor Surpresa, também lastimou a morte de Feito Craque. “A minha maior vontade de participar da prova era para poder competir com Feito Craque, pois todos me diziam que era o cavalo mais gente boa do Rio de Janeiro. Nunca nos conhecemos pessoalmente, pois resido na Gávea e ele ficava no CT Vale do Marmelo, mas só escutava coisas legais sobre ele. Uma pena essa morte prematura e o pior, o fato dele nem ter podido correr a carreira. Como sei que a prova era um sonho dele, dedico a ele minha conquista”, disse emocionado o 4 anos.

Hello Greed, égua que morava na mesma cocheira de Feito Craque, era a mais triste do recinto. Chorava muito e não saiu um minuto do lado do caixão. Na hora do enterro, foi necessário segurarem ela, caso contrário a também defensora do Haras LLC teria entrado com o cavalo.

Mais calma, ela conversou comigo. “Ele não podia ter me deixado. Nosso plano era irmos para o haras, no Paraná, e termos filhos. Era um mulherengo, sei disso, mas me amava. Quando o vi sendo retirado da cocheira para a primeira cirurgia, ele olhou pra mim e disse ‘Calma minha vermelhinha, logo estarei de volta’, mas eu sabia que estava sofrendo muito. Não corri nem metade do que sabia durante o clássico de domingo. Fechei a raia porque não tinha forças para correr. Queria estar ao lado dele. Quando voltei para o Vale do Marmelo, reencontrei Feito Craque. Conversamos pouco, pois ele ainda sentia dores, eu sabia que era uma despedida, mas não queria aceitar. O sonho dele era viajar logo para o haras, mas sempre teve diversos problemas físicos. Até viajando para a Gávea, ele chegava e logo colocavam gelo em seus boletos. Mas era um cavalo lindo, amigo dos amigos e muito bem cuidado pelos proprietários, treinador e equipe. Nunca irei amar ninguém como a ele”, declarou Hello Greed.

Feito Craque nasceu em 11 de setembro de 2001, tinha 7 anos e oito vitórias na campanha, em 16 apresentações. Era filho de Ski Champ e Voice of Love (Minstrel Glory), de criação e propriedade do Haras LLC. Não deixou filhos, porém uma legião de fãs, amigos e um grande amor.


PARABÉNS

Apesar da nota triste de falecimento de Feito Craque, não posso encerrar a coluna dessa semana sem antes parabenizar a grande participação brasileira na abertura do Carnival e também ao Bain Douche, pela cobertura exclusiva.

Parabéns Happy Boy e Happy Runner, vocês comprovaram que o sangue brasileiro tem muita fibra e categoria.

ATRASO

Gostaria de informar aos leitores que o atraso da coluna desta semana (que geralmente entra nas primeiras horas de quinta-feira), foi ocasionada devido à investigação do caso “Cavalo Preso na Gávea”. Fomos ao local e realmente é verdade, tem cavalos lá dentro e apenas uma pessoa vai pela manhã colocar comida, depois não aparece mais durante o dia. Ainda não consegui entrar para fazer fotos, mas não irei desistir de conversar com o prisioneiro e saber das reais condições do mesmo.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Prontos para a batalha

Viajar é sempre gratificante, mas ficar quase 17 horas dentro de um carro, trem ou avião não é nada agradável para nenhum ser vivo. Os competidores brasileiros que foram participar do Dubai International Racing Carnival, que começa hoje, nos Emirados Árabes Unidos, tiveram de passar por essa maratona aérea. O esforço tem um motivo especial: buscar uma vaga para o milionário festival da Dubai World Cup, marcado para o dia 29 de março próximo.

Pelo menos 14 brasileiros estreariam ou voltariam a correr hoje, mas Bain Douche foi um dos que ficou de fora por detalhes. “Estão de brincadeira comigo. Vieram dizer que meu rating estava baixo e que eu só posso estrear aqui semana que vem. Estão na verdade é com medo. Mas, tudo bem, estou pronto para qualquer desafio”, disse, por telefone, o defensor do Haras Europa.

Mesmo a estréia estando prevista agora para a próxima semana, Bain Douche ficou satisfeito em reencontrar João Moreira em Dubai.

“Nos damos bem! Ele soube me conduzir corretamente na primeira etapa da Quadrupla Coroa Paulista. Lembro que cruzei o disco na frente, mas não deixaram a taça comigo, paciência, o que passou, passou. Mesmo não sendo conduzido pelo Moreira hoje, fiquei feliz por ele ter aceitado o convite de meu criador e proprietário e ter vindo. Acredito que em breve, a volta da nossa parceria renda frutos” acredita o filho de Know Heights e Uaiasol (Choctaw Ridge).

Como não trabalhará na tarde de hoje, Bain Douche, potro de 3 anos, falou da programação de logo mais em Nad Al Sheba Racecourses, com exclusividade para os leitores do CERCA MÓVEL.

“Serão sete páreos, mas a representação brasileira só começa no 2º, com três brasileiras anotadas em 1.500 metros, pista de grama (se a chuva assim o permitir). Tulipa di Job, Classy-Lady (carregando apenas 51,5kg) e Olympic City, a única que ainda defende as cores do Brasil, por ser do Haras Regina. Sim, será conduzida por João Moreira”, explicou, deixando claro que a pensionista do Tolú carregará 59kg do bridão brasileiro.

Na carreira seguinte, nos 1.400 metros, pista de areia, mais beleza feminina nacional na raia árabe. “Baby Princess e Olympic Glory estão anotadas. Esta última também defende o Haras Regina e será conduzida pelo Moreira. Vou ser honesto com seus leitores: ela é a minha paquera”, se entrega encabulado.

No 4º páreo do programa, Zorin aguarda a desistência de algum dos 16 competidores para ser o único brasileiro a encarar os 1.800 metros, pista de areia, do dia. Na prova seguinte, nenhuma presença tupiniquim.

Porém, no 6º páreo, o principal da reunião, o Maktoum Bin Rashid Al Maktoum Challenge R1 (1600mA), entre os 16 competidores, três são brasileiros: Happy Boy, Glória de Campeão e Imperialista. “Os dois primeiros defendem interesse nacional, o outro, que venceu no ano anterior, agora pertence ao sheik”, revela Bain Douche.

Na última prova do programa, um páreo em 1.500 metros, pista de grama, três brasileiros estarão alinhados: Heart Alone, Lucky Dance e Objeto de Arte (defensor do Stud Estrela Energia).

“Esta prova eu estou anotado para participar, porém sou o último, dentre quatro suplentes, a aguardar a chance. Além de mim, Happy Runner também espera por sua vez. Mas, tudo bem. Se eu não posso correr, irei relinchar (torcer) muito para os meus compatriotas. Semana que vem, mostro minha classe e categoria”, avisa o potro.

Pois bem leitores, aproveitei para agradecer bastante ao Bain Douche pelas informações exclusivas diretas de Dubai e, mais uma vez, o castanho me surpreendeu.

“Não precisa me agradecer, faço isso porque gosto de você e também pela forma carinhosa que sempre fala a meu respeito. Isso sem comentar das ótimas fotos que você faz. Sendo assim, para mim é um prazer ajudar”, declarou.

Eu fique bastante emocionada com a atitude do potro e acredito que os turfistas brasileiros estão fazendo uma grande corrente para que os nossos competidores mostrem a força verde e amarela em solo árabe. Boa sorte turma!

DENÚNCIA

Sim, se os leitores fiéis não viram, vale a pena observar a denúncia feita pela “Patrícia” nos comentários da matéria “A reinvidicação uruguaia”.

Quero que saibam, em especial a leitora, que irei observar o fato com cautela e se for verdade, tentarei de tudo para entrevistar o personagem em questão: o cavalo preso. Aguardem!!!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

A reinvidicação uruguaia


Olá leitores! Não nego que adoro viajar, mas nada é melhor que o aconchego do lar. Vamos direto ao assunto da coluna. Na última semana estive em Montevidéu e acompanhei a 110ª edição do GP José Pedro Ramirez (G1-2400m), que ocorreu no dia 6, domingo, feriado de “Reis”.

Como o “Esporte dos Reis” estava em evidência, aproveitei para conversar com os cavalos brasileiros que lá estão atuando. Apesar de muitas histórias boas, escutei e presenciei algumas que preciso confidenciar a vocês.

Diferente das potrancas fujonas da última edição, dessa vez os personagens fizeram questão de falarem seus nomes: Italian Friend, Pedra de Ouro e Bucaneer. Todos ficam alojados na cocheira do brasileiro Ricardo Colombo, onde fiz questão de conhecer, na manhã da sexta-feira, 04/01, no Hipódromo de Maroñas.

Logo que cheguei, Pedra de Ouro me cumprimentou. “Olá, enfim estou conhecendo alguém que nos entende, literalmente falando (brincou). Seja bem vinda a Montevidéu.”

Quando me virei para cumprimentar o filho de Romarin e Jóia Cordemel (Minstrel Glory), senti um fungado no meu pescoço e se não me abaixo rápido, levaria uma pequena dentada do “velhinho” Italian Friend, que no auge dos 7 anos, parece um potro de tão brincalhão.

Gritei para ele. “Que é isso rapaz. Quer me morder?”. O defensor do Haras Europa não perdeu o rebolado e soltou. “Claro, quem sabe assim você me dá atenção, afinal de contas, sou o mais bonito da cocheira”, relinchou.

Em seguida, Bucaneer, que sobreviveu a um acidente automobilístico por milagre (fica para uma próxima coluna esta história), veio em minha direção. Não nego leitores, o alazão estava lindo. “Olá Loureiro, é um prazer conhecê-la. Saiba que sou leitor assíduo do CERCA MÓVEL”, garantiu.

Bem, me senti confortável e perguntei aos competidores o que esperavam para a tarde de domingo. Italian Friend, que não tem nenhuma papa na língua, foi logo falando.

“Carregar 60kg de Valdemir Lemes é castigo para qualquer cavalo. Sem falar que ele esquece que possui uma mão esquerda, mas paciência, seja o que Deus quiser!”, disparou o filho de Ghadeer e Que Normand (Roi Normand).

Pedra de Ouro, que ainda é potro, repreendeu o colega de cocheira. “Pára com isso. Ele é um bom profissional. Pelo menos não tivemos problemas quando estreei.”

“Isso porquê você ainda é potro e não precisou tomar umas chicotadas. Reze para domingo continuar sem precisar”, falou Italian Friend.

Mais contido, Bucaneer, um filho de Boatman e Dasdo (Rio Bravo II), participou da discussão. “Bem, tenho de concordar com o Italian Friend. Na última corrida precisei correr alguns metros a mais que os outros competidores sob o comando dele, que insistia em fazer as curvas pela cerca externa. Mas esqueçamos o passado, domingo é outro dia”, encerrou o assunto.

Bem, até aquele instante leitores, fiquei na dúvida com a discussão, pois todos eles foram galopar com o Valdemir Lemes e não vi nenhuma atitude incoveniente do profissional.

A hora da verdade

Chegou o domingo do Ramirez e logo no primeiro páreo, senti as dores do Italian Friend, que apanhou muito na reta final, sempre de direita, mas venceu livrando meia cabeça. Ele saiu da raia reclamando. “Ai Karol, você nem imagina o quanto eu estou dolorido. Esse cara é maluco. Preciso morder a mão esquerda dele para o mesmo descobrir que a tem.”

No 6º páreo do programa, foi realizado o GP Maroñas (G2-1000mG) e Pedra de Ouro, defensor do Haras Belmont, mesmo largando e acabando, sofreu na mão de Lemes. “Caramba, eu poderia ter vencido por mais de 4 corpos, bastava deixar eu trocar de mão. Mas não, ainda apanhei com a vitória assegurada. Fica difícil correr assim!”

Sendo que o pior ainda estava por vir, pois apesar das direções pífias, Italian Friend e Pedra de Ouro venceram seus compromissos.

Na carreira central do programa uruguaio, o GP José Pedro Ramirez (G1-2400mA), o experiente Bucaneer entrou na raia com Valdemir Lemes sobre o dorso.

Diferente das corridas anteriores, o cavalo foi mantido em último boa parte do percurso e na reta final, diminuia rapidamente a diferença para os ponteiros, aguardando apenas a troca de mão para ultrapassar os adversários e ganhar a carreira.

Porém, ao invés da troca de mão, o cavalo levou uma surra de direita e acabou a corrida em quarto, a menos de dois corpos do vencedor Rock Ascot.

Ao sair da raia, Bucaneer esqueceu sua educação e queria partir para cima do jóquei, sendo seguro pelo cavalariço.

“Ele é louco. Onde já se viu. Sai do boxe com vontade e ele quase me levanta, de tanto que me impediu de correr. Entendi o recado e corri último, tomando areia na cara todo o percurso. Quando enfim chega a hora da minha consagração, o maluco só quis saber de me espancar com a direita. Tá de sacanagem!”, esbravejou o alazão do Haras Belmont.

Os três cavalos, após a programação, foram unânimes na decisão: vão fazer greve caso voltem a ser conduzidos pelo jóquei, que pasmem, é brasileiro.

“Não é a toa que Jorge Ricardo logo chegará às 10 mil vitórias. Ele sim sabe tratar bem um cavalo de corrida”, disse Italian Friend, louco de vontade de arrancar a mão direita de Lemes, para nunca mais voltar a ser surrado.

Ricardinho é 10 mil

Sim amigos, não posso encerrar essa coluna sem parabenizar o brasileiro Jorge Ricardo, que na noite de ontem alcançou a vitória de número 10 mil, após ganhar cinco corridas no Hipódromo de San Isidro, na Argentina.

Jade But Loyal, Metcladito, Quemera, Ricitos e em especial Membresia (a que consagrou a marca) estavam satisfeitos por terem servido de contagem regressiva para o jóquei Ricardinho. Agora é só comemorar!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Como curtir o verão



Quem trabalha e acompanha os cavalos da raça Puro-Sangue Inglês sabem que eles preferem o frio ao calor. Apesar das constantes mudanças climáticas, no Brasil ainda predomina o “basicão”: São Paulo, quente e frio; Rio de Janeiro, fervendo. Sendo assim, fica fácil afirmar que os cavalos alojados na Gávea têm tendência a sofrerem mais com o calor que os paulistas. Por conta disso, alguns passaram a se revelar.

Na tarde de ontem, quarta-feira, 2º dia de 2008, aproveitei meu dia de folga, pois adiantei a revista semanal, e fui curtir uma praia (também sou filha de Deus). Quando cheguei, tomei um susto ao observar duas éguas pegando uma cor em Ipanema. Ambas se deleitavam com a água do mar, que por mais incrível que pareça, estava quase morna. Por isso, melhor que a piscina do Jockey Club Brasileiro.

As duas éguas, que pediram para não serem identificadas por medo de represálias, apesar de não terem seus nomes divulgados, sabem que chamaram uma certa atenção em pleno posto 9.

No meio de tanta gente, turistas e até diversos artistas, as duas bateram um papo exclusivo com o CERCA MÓVEL. Para facilitar o diálogo e o entendimento dos leitores, as denominei de Bronzeada 1 e 2.

CERCA MÓVEL: O que vocês estão fazendo aqui, em Ipanema?
BRONZEADA 1: O mesmo que você. Refrescando-se na água do mar.
BRONZEADA 2: E pegando um bronze também, pois o Sol e o sal até que deixa o pêlo mais bonito.

CM: Onde vocês moram e a quanto tempo?
BR1:
Na Gávea, tem alguns meses.
BR2: Na verdade tem alguns dias.

CM: O quê? Quer dizer que vocês são potrancas ainda e já estão aprontando?
BR1:
Sim, somos potrancas de 2 anos.
BR2: Somos da geração 2005, mas não seria isso que nos impediria de curtimos bem à vida (brincou, logo após passar por baixo de uma onda).

CM: Como vocês conseguiram driblar a segurança no Hipódromo da Gávea?
BR1:
Isso é segredo Karol, não podemos falar.
BR2: Com certeza, ou caso contrário não teremos como escapar das próximas vezes.

CM: Então vocês pretendem continuar vindo à praia?
BR2:
De certo modo sim, refresca e tira a ansiedade.
BR1: Isso sem falar que é um bom exercício para o corpo e a mente. Basta observar que lugar lindo.

CM: Vocês não acham que essa escapada da cocheira pode render problemas?
BR1:
De forma alguma. Hoje fiz minha tarefa de dar duas voltas na raia da Gávea. Voltei para a cocheira, mas ao invés de passear, preferimos vir à Ipanema.
BR2: É lógico. Corri como uma louca mais cedo. Tem um redeador que sentou a mão em mim hoje. Estou sentindo dores sobre a lombar. Mergulhar nas ondas do mar alivia a dor.

CM: Como vocês sabem tanto sobre os benefícios do mar? Já vieram outras vezes?
BR2:
Não, é a primeira vez que venho. Mas andei lendo umas matérias antigas que sairam na revista e descobri que na Austrália é comum o exercício de Puro-Sangue Inglês na praia.
BR1: E olha que lá na Austrália nem é tão quente como aqui no Rio.

CM: Como vocês chegaram até aqui?
BR1:
Caminhamos pela Lagoa Rodrigo de Freitas e depois entramos na Farme de Amoedo.
BR2: Foi muito fácil achar. Somos espertas, apesar de novas.

CM: Da esperteza de vocês eu não duvido, podem acreditar. Sendo que essa fugida até a praia foi na hora do trabalho?
BR1:
Claro que não. Pela manhã trabalhamos, já disse isso antes. Agora, basta olhar o relógio, já passam das 16h.
BR2: É lógico que fizemos nossa parte pela manhã. Apenas estamos trocando a caminhada da tarde, pelo mergulho.

CM: Vocês acreditam que esta atitude deva contribuir para escapadas de outras éguas e cavalos?
BR1:
De certa forma, tomara que sim. Ficaríamos mais a vontade.
BR2: E ainda conseguiríamos boas paqueras (brincou).

CM: Bem, como vocês estão decididas, resta-me saber quando será a estréia na raia?
BR1:
Acredito que na próxima semana.
BR2: Isso, um páreo em 1.000 metros. Não vejo a hora. A ansiedade está grande. Mas, enquanto o dia não chega, vamos curtir nossa praia.

É leitores, pelo jeito em breve Ipanema poderá se tornar um ponto de encontro dos eqüinos, que talvez encaixe perfeito com a linda visão do final do dia, com o Sol caindo devagar em direção ao mar e deixando uma linda listra vermelha no céu.

Sim, hoje estou em direção ao Uruguai, onde irei fazer a cobertura do Ramirez. Prometo novidades para a próxima semana. Grande abraço a todos e um Feliz 2008.