Agradeço aos leitores pela paciência em ficarem sem o nosso blog CERCA MÓVEL nas últimas três semanas, mas informo a todos que deu tudo certo. Consegui terminar a minha pós-graduação em Gestão Estratégica da Comunicação e fiz a cobertura do Grande Prêmio Brasil 2011, que este ano, teve de tudo, de bar a vaia.
Vamos ao que interessa, como prêmio aos pacientes leitores, fizemos uma matéria exclusiva com o grande campeão do Grande Prêmio Brasil 2011 (G1-2400mG), BELO ACTEON.
O “Alemão” não é treinado pelo profissional de mesmo apelido (J. C. Sampaio) e sim por outro craque que dispensa comentários, Dulcino Guignoni.
BELO ACTEON fez questão de relembrar as suas origens.
“Sou o primeiro filho de Back For Good e consegui dar muita alegria a minha mãe desde os meus primeiros passos na raia. Fui domado no Hipódromo do Cristal e sempre recebi muito carinho dos profissionais gaúchos. Lá, ainda potrinho, ganhei o apelido de ‘Alemão’ pela minha cor alazã”, disse o campeão.
Quando o assunto é o seu pai, Acteon Man, BELO ACTEON enche o peito de orgulho.
“Meu pai é tudo! Ainda não teve muitas oportunidades na criação, mas logo em sua primeira geração, com apenas três produtos registrados e dois corridos, ambos obtiveram vitória, sendo All Or Nothing campeã nobre no Hipódromo do Cristal. Faço parte da segunda geração e acredito que herdei dele seu potencial para provas de fundo. Ele, em campanha, venceu um Grupo 2 em São Paulo, preparatória para o Grande Prêmio Brasil, prova que acabo de vencer e dedico a ele tal conquista.”
Pedi ao BELO ACTEON que comentasse sobre a sua grande conquista no último domingo, no Hipódromo da Gávea.
“Foi um sonho! Meu jóquei (Henderson Fernandes) não me contrariou hora alguma. Corri como gosto e quando Too Friendly emparelhou comigo, senti que ainda tinha pernas para seguir brigando e por isso não me intimidei e venci a batalha”, relembra.
Indaguei sobre o encontrão que os dois competidores deram nos metros decisivos e BELO ACTEON, criado por Aluizio Merlin Ribeiro e defensor das sedas do Stud H & R, não se intimidou em dizer.
“Ele é um cavalo excelente, de qualidade excepcional. Quando viu que eu estava indo muito bem e não me rendi, tentou me amedrontar e jogou seu corpo sobre o meu. Sendo que não me intimidei e fui para cima dele também. Houve pequenos xingamentos, coisa de corrida, mas depois da corrida, quando eu venci, ele foi muito educado e me deu os parabéns.
Já falei com ele no Centro de Treinamento Fazenda Mondesir, onde ambos treinamos e estamos alojados, eu no grupo de cocheiras do Guignoni e ele no do Bebeto, mas quero aproveitar este espaço para dizer em público ao Too Friendly que ambos ganhamos, inclusive o Jéca (3° colocado), pois proporcionamos um final emocionante, que engrandeceu o nosso esporte, o turfe.”
Já que o cavalo de 4 anos tocou no nome do seu treinador, aproveitei para saber dele como é ser preparado por Dulcino Guignoni, um tetracampeão do Grande Prêmio Brasil.
“O que eu posso falar de um profissional que antes de eu nascer já tinha vencido o Grande Prêmio Brasil com Straight Flash (2000), Queen Desejada (2001) e Potri Road (2002)? Ele visita a cocheira diariamente e na hora de treinar, exige mesmo. Ele consegue tirar o máximo de nós.
Eu estava muito inseguro em sair do perdedor e já encarar a principal prova do turfe brasileiro, mas duas semanas antes do páreo, fiz um trabalho fantástico, me senti super-bem e fui com muita confiança para a corrida. Então, esta conquista eu devo e muito ao trabalho do meu treinador D. Guignoni”, informa BELO ACTEON.
Sobre o futuro, ‘Alemão’ esta ansioso com sua viagem para os Estados Unidos.
“A responsabilidade é grande. Lá o turfe é muito mais competitivo do que no Brasil, mas em provas de fundo não são tão fortes. Acredito que terei boas chances de mostrar minha categoria no hemisfério norte, mas irei sentir muitas saudades do Brasil, principalmente do calor carioca”, despede-se encerrando a matéria.
IMPERDÍVEL
Amanhã, sábado, as atenções dos turfistas estarão no Hipódromo de Cidade Jardim, pois começa a Tríplice Coroa de potrancas. O CERCA MÓVEL ficará de olho em tudo e com o ouvido pronto para escutar o que esta acontecendo, porque o turfe não para!
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Férias forçadas
Aos leitores que toda semana passam por aqui para saber o que se passa na cabeça dos cavalos brasileiros pelos prados nacionais e do mundo, estou de férias "forçadas", por conta do trabalho final de pós-graduação.
Prometo estar de volta pós semana do Brasil, para contar tudo o que rolou na semana máxima carioca. Até lá!
Prometo estar de volta pós semana do Brasil, para contar tudo o que rolou na semana máxima carioca. Até lá!
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Thunder Secret ensina a gostar de turfe
Leitores, há duas semanas que não atualizo o CERCA MÓVEL, mas o motivo é justo. O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Gestão Estratégica da Comunicação, uma pós-graduação que me propus a fazer, tem me tirado um bom tempo e por isso não tenho dado conta de expor para vocês o que os cavalos, éguas, potros e potrancas têm me falado ultimamente.
Espero que vocês me perdoem, mas estou buscando sempre melhorar intelectualmente não só para mim, mas também para proporcionar para vocês novidades.
Agora, após as minhas devidas explicações com vocês, público fiel, vamos ao que interessa, que é saber o que se passa pela cabeça dos nossos cavalos brasileiros, que atuam e abrilhantam às carreiras por todo este país e também pelo mundo.
Vamos voltar ao dia 26 de junho, penúltimo dia de reunião da temporada 2010/2011 nos Jockeys Clubs de São Paulo e Brasileiro. Não pude ir até o Hipódromo de Cidade Jardim, conforme previsto anteriormente, devido à troca de datas da Copa dos Criadores, mas acompanhei o desenrolar das quatro provas do festival patrocinado pela ABCPCC, sendo que irei focar em uma especificamente: o GP Margarida Polak Lara (G1-1600mG), a Taça de Prata para potrancas de 2 anos.
De parabéns Old Tune, vencedora, que encerrou com a sequência de conquistas de Alta Vista. Porém a entrevistada desta semana para o CERCA MÓVEL é Thunder Secret, que competiu sob ordem judicial e solicitou espaço para um desabafo impressionante.
“Muito obrigada ao blog CERCA MÓVEL por atender a minha solicitação e permitir que eu desse a minha versão sobre os fatos ocorridos naquele domingo, dia 26 de junho, 3° páreo da reunião do Jockey Club de São Paulo (JCSP), no GP Margarida Polak Lara (G1-1600mG).
Antes de dar meu pronunciamento, irei contar o que fiquei sabendo pelas cocheiras. No prazo estipulado, a minha pré-inscrição foi enviada para a ABCPCC e para o JCSP. Ambos informaram que estava tudo certo. Sendo que na semana da corrida, quando saiu o programa branco, o meu nome constava no 1° páreo e não na prova de Grupo 1.
Os titulares do Haras Ponta Porã, meus criadores e proprietários, indagaram e reclamaram por meus direitos, porém as duas sociedades hípicas (ABCPCC e JCSP) tiraram o corpo fora e não souberam explicar o fato do meu nome ter sumido do programa. Sendo assim, o Ponta Porã entrou na justiça para que eu tivesse o direito de competir.
Até aqui, o que relatei foi o que eu fiquei sabendo na cocheira do treinador C. Carlindo, aqui no Paraná, onde resido normalmente.
Quando cheguei para competir em São Paulo, um dia antes, senti um clima estranho nas vilas hípicas. Muito zum zum zum nas cocheiras, os cavalos cochichavam quando me viam. Enfim, diferente de maio, quando estive lá, estreei e venci a versão B da Prova Especial Joaquim da Cunha Bueno (1400mG).
Com um clima desfavorável, ficou decidido que eu poderia competir na Taça de Prata, mas que ‘por ordem judicial, sem participação nas apostas’. Foi neste instante que tracei a minha forma de corrida.
Quando entrei na raia e vi que a minha pedra de apostas não continha nenhum valor apostado, para não atrapalhar os turfistas, nem o desenrolar de uma prova importante como a Taça de Prata, decidi, por conta própria, não competir. Caso eu realmente competisse e ganhasse, ou obtivesse alguma colocação, isso iria manchar o resultado oficial da prova.
Quem quiser assistir ao vídeo da carreira, poderá constar que, apesar da insistência do jóquei José Aparecido, eu me neguei a correr. Fiz o que achei certo, pelo bem do turfe e dos turfistas, pois nós, cavalos de corrida, queremos ser os astros do espetáculo e não um problema”, encerrou Thunder Secret.
Fiquei impressionada com a fidelidade nas palavras da filha de Durban Thunder e Ke Segredo (Sonho Secreto) e quando dei por fim a entrevista, Thunder Secret pediu novamente a palavra para fazer um questionamento.
“O que mais me magoa é acessar o site do Stud Book Brasileiro, que tem como responsável a ABCPCC, e ver na minha campanha a 9ª e última posição na Taça de Prata lá exposto. Eu pergunto, se eu não tivesse tido a minha atitude e realmente competisse na prova. Obtendo uma colocação ou até mesmo a vitória, estaria constando a minha conquista naquele espaço?”, agora durma-se com um barulho desses, pois eu não soube responder tal reinvindicação da potranca.
Espero que vocês me perdoem, mas estou buscando sempre melhorar intelectualmente não só para mim, mas também para proporcionar para vocês novidades.
Agora, após as minhas devidas explicações com vocês, público fiel, vamos ao que interessa, que é saber o que se passa pela cabeça dos nossos cavalos brasileiros, que atuam e abrilhantam às carreiras por todo este país e também pelo mundo.
Vamos voltar ao dia 26 de junho, penúltimo dia de reunião da temporada 2010/2011 nos Jockeys Clubs de São Paulo e Brasileiro. Não pude ir até o Hipódromo de Cidade Jardim, conforme previsto anteriormente, devido à troca de datas da Copa dos Criadores, mas acompanhei o desenrolar das quatro provas do festival patrocinado pela ABCPCC, sendo que irei focar em uma especificamente: o GP Margarida Polak Lara (G1-1600mG), a Taça de Prata para potrancas de 2 anos.
De parabéns Old Tune, vencedora, que encerrou com a sequência de conquistas de Alta Vista. Porém a entrevistada desta semana para o CERCA MÓVEL é Thunder Secret, que competiu sob ordem judicial e solicitou espaço para um desabafo impressionante.
“Muito obrigada ao blog CERCA MÓVEL por atender a minha solicitação e permitir que eu desse a minha versão sobre os fatos ocorridos naquele domingo, dia 26 de junho, 3° páreo da reunião do Jockey Club de São Paulo (JCSP), no GP Margarida Polak Lara (G1-1600mG).
Antes de dar meu pronunciamento, irei contar o que fiquei sabendo pelas cocheiras. No prazo estipulado, a minha pré-inscrição foi enviada para a ABCPCC e para o JCSP. Ambos informaram que estava tudo certo. Sendo que na semana da corrida, quando saiu o programa branco, o meu nome constava no 1° páreo e não na prova de Grupo 1.
Os titulares do Haras Ponta Porã, meus criadores e proprietários, indagaram e reclamaram por meus direitos, porém as duas sociedades hípicas (ABCPCC e JCSP) tiraram o corpo fora e não souberam explicar o fato do meu nome ter sumido do programa. Sendo assim, o Ponta Porã entrou na justiça para que eu tivesse o direito de competir.
Até aqui, o que relatei foi o que eu fiquei sabendo na cocheira do treinador C. Carlindo, aqui no Paraná, onde resido normalmente.
Quando cheguei para competir em São Paulo, um dia antes, senti um clima estranho nas vilas hípicas. Muito zum zum zum nas cocheiras, os cavalos cochichavam quando me viam. Enfim, diferente de maio, quando estive lá, estreei e venci a versão B da Prova Especial Joaquim da Cunha Bueno (1400mG).
Com um clima desfavorável, ficou decidido que eu poderia competir na Taça de Prata, mas que ‘por ordem judicial, sem participação nas apostas’. Foi neste instante que tracei a minha forma de corrida.
Quando entrei na raia e vi que a minha pedra de apostas não continha nenhum valor apostado, para não atrapalhar os turfistas, nem o desenrolar de uma prova importante como a Taça de Prata, decidi, por conta própria, não competir. Caso eu realmente competisse e ganhasse, ou obtivesse alguma colocação, isso iria manchar o resultado oficial da prova.
Quem quiser assistir ao vídeo da carreira, poderá constar que, apesar da insistência do jóquei José Aparecido, eu me neguei a correr. Fiz o que achei certo, pelo bem do turfe e dos turfistas, pois nós, cavalos de corrida, queremos ser os astros do espetáculo e não um problema”, encerrou Thunder Secret.
Fiquei impressionada com a fidelidade nas palavras da filha de Durban Thunder e Ke Segredo (Sonho Secreto) e quando dei por fim a entrevista, Thunder Secret pediu novamente a palavra para fazer um questionamento.
“O que mais me magoa é acessar o site do Stud Book Brasileiro, que tem como responsável a ABCPCC, e ver na minha campanha a 9ª e última posição na Taça de Prata lá exposto. Eu pergunto, se eu não tivesse tido a minha atitude e realmente competisse na prova. Obtendo uma colocação ou até mesmo a vitória, estaria constando a minha conquista naquele espaço?”, agora durma-se com um barulho desses, pois eu não soube responder tal reinvindicação da potranca.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Revolução na cocheira em prol da Estatística
Muita mídia pela cidade do Rio de Janeiro e na TV aberta para divulgar o “Arraiá da Providência”, evento que será realizado neste final de semana no Hipódromo da Gávea. Porém, enquanto muita gente vai se deliciar com as delícias das festas juninas (saudades da terrinha!!!), as emoções com os cavalos de corrida estão garantidas.
Faltam apenas quatro conjuntos de reunião, ou seja, oito dias de corrida e cerca de 80 páreos para a temporada 2010/2011 chegar ao fim, exatamente no dia 27 de junho. A disputa pela estatística de treinadores do Hipódromo da Gávea colocou em alerta os pensionistas de Venâncio Nahid e de Júlio César Sampaio.
Venâncio lidera, mas a cada semana Sampaio vem encurtando a distância. Hoje, sexta-feira, antes de iniciar as corridas do Jockey Club Brasileiro e a festa do Arraiá, a diferença é de apenas três vitórias.
Se depender dos cavalos que são treinados pelos dois profissionais, a disputa será acirrada até o fim do certame, assim como foi na semana anterior.
A égua Catirina que o diga. Ela tratou de ajudar J. S. Sampaio no 5° páreo da reunião da última sexta-feira.
“Pisei na raia de areia disposta a dar o meu melhor para ajudar o meu treinador a alcançar o objetivo não só dele, mas de toda cocheira: vê-lo vencer a estatística”, ponderou Catirina.
Black Dragon também melhorou a situação de Sampaio no 8° páreo do mesmo programa.
“Estava bem preparado e só precisei colocar em prática. O ‘Alemão’ vai levar a estatística”, garantiu o cavalo de 4 anos.
No sábado, a situação de Júlio César Sampaio parecia que ficaria ainda mais fácil depois que a potranca de 2 anos Tana’s Kiss ganhou o 3° páreo.
“Sampaio tinha me dito que eu não chegaria a quinta atuação sem vencer. Só correspondi com suas expectativas. Ele conhece bem a minha genética”, revelou a irmã materna da excelente Tanta Honra, que quando em campanha também recebia os cuidados do Alemão.
Quando J. C. Sampaio encostou no líder, Venâncio mostrou o porquê ocupa a primeira posição. O final da reunião de sábado e a tarde de domingo pertenceu apenas ao famoso ‘Nenem’.
“Assim como Tana’s Kiss tem irmã famosa, eu também sou de boa linhagem. Tínhamos que dar o troco em favor do Venâncio”, falou com propriedade Une Autre Etoile, uma potranca de 2 anos, vencedora do 7° páreo e irmã materna do campeão Sal Grosso.
Domingo, no 4° páreo, Fera do Neném tratou de colaborar com Venâncio.
“Foi duro obter a vitória, pois tanto eu quanto Tsuguharu Foujita queríamos a vitória para o nosso treinador V. Nahid. Fizemos uma dobradinha para provar que ele está vivo e nós, seus pensionistas, iremos defendê-lo com todas as nossas forças”, discursou o potro de 3 anos.
Para facilitar ainda mais a situação de Venâncio, Urso Polar confirmou o favoritismo e ficou com o 6° páreo carioca.
“Não fiz mais que a minha obrigação. Estava pronto para ficar com a vitória, justamente pelo treinamento recebido”, elogiou o potro de 2 anos.
Sem dúvida alguma, o dia mais emocionante de corridas foi a segunda-feira. Dos 10 páreos disputados, cinco foram divididos entre os corredores de Sampaio e Nahid.
“A minha vitória na abertura da reunião serviu para mostrar que o Alemão ainda estava na disputa e que não iria desistir. Acredito que foi importante o meu desempenho”, fez auto-análise o cavalo Bizonte.
Na 5ª prova, a americana Baby Candy iniciou a fase de provocações. “Admiro a insistência dos meus adversários, mas nossa cocheira é muito unida e iremos dar ao Venâncio esta vitória na temporada.”
Vital Class, no 8° páreo, não deixou por menos. “Estas americanas falam muita M*. Só não falo mais porque seria perdido. Sampaio, estamos contigo!”, disse o cavalo.
Em seguida, a potranca Toujour Paris não deixou por menos. “Tem alguns cavalos muito machistas. Não importa o que se fala depois da corrida, tem é de mostrar é na raia”, discursou a pensionista de Venâncio, que mantinha a mesma diferença de 4 pontos de quando começaram a semana.
O potro Uppity, em final emocionante, no encerramento da reunião, conseguiu ajudar Sampaio.
“Conseguimos diminuir para 3 pontos a diferença do Sampaio para o atual líder. Todos nós que trabalhamos com o Alemão estamos concentrados para ajudá-lo a alcançar a ponta da estatística. Tem muita coisa para acontecer ainda. O importante é manter o foco!”, encerrou o filho de Put it Back e Nuit Docile (Bright Again).
Como vocês podem observar leitores, tirando como base a reunião de segunda-feira passada, a luta pela estatística de treinadores será imperdível, mas pelas inscrições desta semana, Júlio Cesar Sampaio vai com tudo para passar o Venâncio Nahid.
Sampaio inscreveu 34 cavalos, em 21 páreos distintos. Nahid anotou 12 corredores, em 8 páreos, deste número, cinco páreos os corredores de ambos os treinadores se encontram e os leitores merecem observar a disputa.
Eis a agenda da disputa:
6° páreo de sexta-feira: Sonho de Verão (Sampaio) e Princess Famous (Nahid)
4° páreo de sábado: Morcote (Sampaio) e Chuchu Beleza (Nahid)
8° páreo de sábado: Our Halo (Sampaio), Bel’s Phone e Fleurs Day (Nahid)
10° páreo de domingo: Northern Ireland, Black Dragon e Tailandês (Sampaio) e Limbo Tree (Nahid)
4° páreo de segunda-feira: Jelousy (Sampaio) e Dutch Harbor (Nahid)
Faltam apenas quatro conjuntos de reunião, ou seja, oito dias de corrida e cerca de 80 páreos para a temporada 2010/2011 chegar ao fim, exatamente no dia 27 de junho. A disputa pela estatística de treinadores do Hipódromo da Gávea colocou em alerta os pensionistas de Venâncio Nahid e de Júlio César Sampaio.
Venâncio lidera, mas a cada semana Sampaio vem encurtando a distância. Hoje, sexta-feira, antes de iniciar as corridas do Jockey Club Brasileiro e a festa do Arraiá, a diferença é de apenas três vitórias.
Se depender dos cavalos que são treinados pelos dois profissionais, a disputa será acirrada até o fim do certame, assim como foi na semana anterior.
A égua Catirina que o diga. Ela tratou de ajudar J. S. Sampaio no 5° páreo da reunião da última sexta-feira.
“Pisei na raia de areia disposta a dar o meu melhor para ajudar o meu treinador a alcançar o objetivo não só dele, mas de toda cocheira: vê-lo vencer a estatística”, ponderou Catirina.
Black Dragon também melhorou a situação de Sampaio no 8° páreo do mesmo programa.
“Estava bem preparado e só precisei colocar em prática. O ‘Alemão’ vai levar a estatística”, garantiu o cavalo de 4 anos.
No sábado, a situação de Júlio César Sampaio parecia que ficaria ainda mais fácil depois que a potranca de 2 anos Tana’s Kiss ganhou o 3° páreo.
“Sampaio tinha me dito que eu não chegaria a quinta atuação sem vencer. Só correspondi com suas expectativas. Ele conhece bem a minha genética”, revelou a irmã materna da excelente Tanta Honra, que quando em campanha também recebia os cuidados do Alemão.
Quando J. C. Sampaio encostou no líder, Venâncio mostrou o porquê ocupa a primeira posição. O final da reunião de sábado e a tarde de domingo pertenceu apenas ao famoso ‘Nenem’.
“Assim como Tana’s Kiss tem irmã famosa, eu também sou de boa linhagem. Tínhamos que dar o troco em favor do Venâncio”, falou com propriedade Une Autre Etoile, uma potranca de 2 anos, vencedora do 7° páreo e irmã materna do campeão Sal Grosso.
Domingo, no 4° páreo, Fera do Neném tratou de colaborar com Venâncio.
“Foi duro obter a vitória, pois tanto eu quanto Tsuguharu Foujita queríamos a vitória para o nosso treinador V. Nahid. Fizemos uma dobradinha para provar que ele está vivo e nós, seus pensionistas, iremos defendê-lo com todas as nossas forças”, discursou o potro de 3 anos.
Para facilitar ainda mais a situação de Venâncio, Urso Polar confirmou o favoritismo e ficou com o 6° páreo carioca.
“Não fiz mais que a minha obrigação. Estava pronto para ficar com a vitória, justamente pelo treinamento recebido”, elogiou o potro de 2 anos.
Sem dúvida alguma, o dia mais emocionante de corridas foi a segunda-feira. Dos 10 páreos disputados, cinco foram divididos entre os corredores de Sampaio e Nahid.
“A minha vitória na abertura da reunião serviu para mostrar que o Alemão ainda estava na disputa e que não iria desistir. Acredito que foi importante o meu desempenho”, fez auto-análise o cavalo Bizonte.
Na 5ª prova, a americana Baby Candy iniciou a fase de provocações. “Admiro a insistência dos meus adversários, mas nossa cocheira é muito unida e iremos dar ao Venâncio esta vitória na temporada.”
Vital Class, no 8° páreo, não deixou por menos. “Estas americanas falam muita M*. Só não falo mais porque seria perdido. Sampaio, estamos contigo!”, disse o cavalo.
Em seguida, a potranca Toujour Paris não deixou por menos. “Tem alguns cavalos muito machistas. Não importa o que se fala depois da corrida, tem é de mostrar é na raia”, discursou a pensionista de Venâncio, que mantinha a mesma diferença de 4 pontos de quando começaram a semana.
O potro Uppity, em final emocionante, no encerramento da reunião, conseguiu ajudar Sampaio.
“Conseguimos diminuir para 3 pontos a diferença do Sampaio para o atual líder. Todos nós que trabalhamos com o Alemão estamos concentrados para ajudá-lo a alcançar a ponta da estatística. Tem muita coisa para acontecer ainda. O importante é manter o foco!”, encerrou o filho de Put it Back e Nuit Docile (Bright Again).
Como vocês podem observar leitores, tirando como base a reunião de segunda-feira passada, a luta pela estatística de treinadores será imperdível, mas pelas inscrições desta semana, Júlio Cesar Sampaio vai com tudo para passar o Venâncio Nahid.
Sampaio inscreveu 34 cavalos, em 21 páreos distintos. Nahid anotou 12 corredores, em 8 páreos, deste número, cinco páreos os corredores de ambos os treinadores se encontram e os leitores merecem observar a disputa.
Eis a agenda da disputa:
6° páreo de sexta-feira: Sonho de Verão (Sampaio) e Princess Famous (Nahid)
4° páreo de sábado: Morcote (Sampaio) e Chuchu Beleza (Nahid)
8° páreo de sábado: Our Halo (Sampaio), Bel’s Phone e Fleurs Day (Nahid)
10° páreo de domingo: Northern Ireland, Black Dragon e Tailandês (Sampaio) e Limbo Tree (Nahid)
4° páreo de segunda-feira: Jelousy (Sampaio) e Dutch Harbor (Nahid)
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Drogas, um vício que chega aos cavalos
Devido ao grande número de treinadores suspensos nos últimos dias entre a Gávea e Cidade Jardim por conta de doping, esta semana o tema do nosso CERCA MÓVEL será sobre as drogas e os cavalos que acabam se viciando. Na foto ao lado, os leitores podem observar o olho arregalado e vermelho de um cavalo que está dopado, bem como a narina como está vermelha. É de assustar!
Entrevistamos quatro personagens, que deixaram relatos surpreendentes e pediram para suas identidades serem preservadas.
“Eu tinha uma alimentação balanceada e nunca me interessei por drogas, até o dia que peguei um forte resfriado. Foi preciso tomar alguns analgésicos e me senti muito bem. Fiquei curado do resfriado, mas não consigo ficar sem tomar um broncodilatador desde então. Fico inseguro em entrar na raia e não estar sob o efeito do remédio. Corro e sinto que estou ficando sem ar. Não sei o que fazer para me curar”, disse o potro de 2 anos.
“Estava me sentindo muito gorda, pesando entre 490kg e 540kg. Sou vaidosa e não queria seguir uma balofa. Conversando com algumas éguas das cocheiras vizinhas, descobri que o Clenbuterol, além de ajudar na respiração, também emagrecia. Até atrizes de Hollywood estavam tomando para ficarem magras. Não tive dúvidas e consegui descolar uma cartela. Desde então, não consigo mais largar o vício. Peso apenas 340kg e não posso mais competir nas carreiras. A droga acabou comigo”, relatou a égua de apenas 4 anos.
“Meu cavalariço fumava muita maconha nas proximidades da minha cocheira. O cheiro geralmente me enjoava até o dia que uma trouxinha da maconha dele caiu no meu box quando ele fazia a minha cama. Escondi com a pata e esperei ele sair para experimentar. Primeiro não senti nada, mas depois fui me sentindo mais alegre e de repente estava comendo feito um louco. Sempre que posso, ‘roubo’ mesmo dos bolsos dele ou de outro que dê mole. Não levanto mais para os treinos, tenho apanhado para ver se faço algo durante os trabalhos, mas não consigo. Virei um viciado em maconha e assaltante”, contou o cavalo de 5 anos.
“Estou em plena forma física e correndo feito louco desde que passei a misturar na minha ração a cocaína. Basta tomar duas semanas antes da corrida que passo a correr feito um desesperado. Ninguém me alcança. Sinto-me como um super-cavalo! É bem verdade que os 15 dias até a corrida sofro dentro do box, pois tenho muita vontade de fazer muita coisa, ao mesmo tempo. Fico com taquicardia, mas se eu correr antes do tempo, perco toda a ‘viagem’. Sei que é errado o que faço e que quando for pego no antidoping minha carreira estará encerrada. Sendo que não consigo ficar sem a cocaína. Nem sei se ainda sei correr sem ser sobre o efeito do pó”, pergunta-se o potro de 3 anos.
Pois bem meus amigos leitores, está um perigo a situação dos nossos corredores. Todos os nossos entrevistados sabem dos riscos que correm, mas não conseguem largar. É necessário um trabalho mais vigoroso não apenas dos veterinários, mas também dos treinadores, para inibir que tais drogas cheguem até as cocheiras.
Entrevistamos quatro personagens, que deixaram relatos surpreendentes e pediram para suas identidades serem preservadas.
“Eu tinha uma alimentação balanceada e nunca me interessei por drogas, até o dia que peguei um forte resfriado. Foi preciso tomar alguns analgésicos e me senti muito bem. Fiquei curado do resfriado, mas não consigo ficar sem tomar um broncodilatador desde então. Fico inseguro em entrar na raia e não estar sob o efeito do remédio. Corro e sinto que estou ficando sem ar. Não sei o que fazer para me curar”, disse o potro de 2 anos.
“Estava me sentindo muito gorda, pesando entre 490kg e 540kg. Sou vaidosa e não queria seguir uma balofa. Conversando com algumas éguas das cocheiras vizinhas, descobri que o Clenbuterol, além de ajudar na respiração, também emagrecia. Até atrizes de Hollywood estavam tomando para ficarem magras. Não tive dúvidas e consegui descolar uma cartela. Desde então, não consigo mais largar o vício. Peso apenas 340kg e não posso mais competir nas carreiras. A droga acabou comigo”, relatou a égua de apenas 4 anos.
“Meu cavalariço fumava muita maconha nas proximidades da minha cocheira. O cheiro geralmente me enjoava até o dia que uma trouxinha da maconha dele caiu no meu box quando ele fazia a minha cama. Escondi com a pata e esperei ele sair para experimentar. Primeiro não senti nada, mas depois fui me sentindo mais alegre e de repente estava comendo feito um louco. Sempre que posso, ‘roubo’ mesmo dos bolsos dele ou de outro que dê mole. Não levanto mais para os treinos, tenho apanhado para ver se faço algo durante os trabalhos, mas não consigo. Virei um viciado em maconha e assaltante”, contou o cavalo de 5 anos.
“Estou em plena forma física e correndo feito louco desde que passei a misturar na minha ração a cocaína. Basta tomar duas semanas antes da corrida que passo a correr feito um desesperado. Ninguém me alcança. Sinto-me como um super-cavalo! É bem verdade que os 15 dias até a corrida sofro dentro do box, pois tenho muita vontade de fazer muita coisa, ao mesmo tempo. Fico com taquicardia, mas se eu correr antes do tempo, perco toda a ‘viagem’. Sei que é errado o que faço e que quando for pego no antidoping minha carreira estará encerrada. Sendo que não consigo ficar sem a cocaína. Nem sei se ainda sei correr sem ser sobre o efeito do pó”, pergunta-se o potro de 3 anos.
Pois bem meus amigos leitores, está um perigo a situação dos nossos corredores. Todos os nossos entrevistados sabem dos riscos que correm, mas não conseguem largar. É necessário um trabalho mais vigoroso não apenas dos veterinários, mas também dos treinadores, para inibir que tais drogas cheguem até as cocheiras.
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Timeo fala tudo sobre o São Paulo 2011
O nosso entrevistado da semana não poderia ser outro que não o grande herói da semana máxima paulista, o cavalo Timeo. O vencedor do Grande Prêmio São Paulo 2011 (G1-2400mG) papeou abertamente com o CERCA MÓVEL e os leitores podem curtir com exclusividade total.
O filho de First American e In The Sand (Atticus), de criação do Haras São José da Serra, fez um pequeno balanço de sua campanha.
“Acredito que meus proprietários (Stud Yatasto) estão satisfeitos com meu desempenho nas raias. Competi em 15 carreiras e só fiquei fora do marcador em duas oportunidades. Além disso, das minhas cinco vitórias, três foram em Grupo 1. Desconfio que estou ‘escrevendo’ uma boa história na pista”, brincou, com sabedoria, Timeo.
O castanho de 4 anos atendeu a solicitação do CERCA MÓVEL de reviver momentos antes do Grande Prêmio São Paulo 2011.
“Eu tinha prometido a mim mesmo que iria apagar a má impressão deixada em maio de 2010, quando participei do GP São Paulo e ocupei a 10ª posição. As outras duas vezes que tinha corrido na raia de grama do Hipódromo de Cidade Jardim haviam sido em 2009, quando em setembro cheguei na 4ª posição no GP Ipiranga (G1-1600mG) e em novembro ocupei o 2° lugar no GP Derby Paulista (G1-2400mG).
As corridas faziam parte da Quádrupla Coroa paulista. Ou seja, era inadmissível meu desempenho em maio de 2010. Fiquei constrangido comigo mesmo, pois foi a minha pior colocação em toda a minha carreira de atleta. Consegui transformar a minha derrota em sucesso, pois me dediquei ainda mais aos treinamentos para retornar a São Paulo e reescrever tal história.”
Depois de tal resposta, quis saber se ele tinha certeza que venceria o GP São Paulo 2011.
“Agora, depois do páreo corrido, poderia inventar e dizer que sabia que venceria, mas é lógico que não sou prepotente para afirmar algo deste tipo. Eu sabia que estava muito bem preparado, tanto que venci uma das preparatórias cariocas para o desafio. Portanto, tinha condições de estar entre os cinco primeiros e disso eu não abriria mão.
Durante a corrida, percebi na grande curva que Idoneo estava fazendo um train falso e tratei de me aproximar. Jéca também pressentiu e correu ainda mais próximo, por isso ponteou na reta final com rapidez.
Eu queria disparar e o M. Mazini (jóquei) aguardou o momento certo. Quando exigiu, obedeci e fui com muita vontade de passar. Naquele momento sim, tive a certeza que venceria, pois alcancei Jéca com rapidez. Ele ainda tentou duelar, mas não tinha como, pois eu corria não apenas com minhas patas, mas também com meu coração e meu orgulho próprio”, garantiu.
O CERCA MÓVEL abriu espaço para Timeo fazer algum comentário a mais sobre a corrida.
“Eu não tenho mais nada a falar da corrida em si, mas vou aproveitar este espaço virtual para agradecer a todos os responsáveis pela minha vitória. A começar pelo Dr. Joaquim Antunes, veterinário do Haras São José da Serra, que cuidou com carinho de mim desde os meus primeiros segundos de vida.
Aos titulares do Stud Yatasto pela torcida fiel. Ao treinador Dulcino Guignoni, que sempre confiou no meu potencial de corredor e soube exigir bem nos treinamentos. Ao meu veterinário do dia-a-dia, Dr. Flávio Carneiro. Ao jóquei M. Mazini, que soube me trazer no braço e não no chicote. E um agradecimento especial ao meu cavalariço Marinaldo.
Ele sabe que sou meio chatinho. Gosto de ficar mordendo e me estresso muito quando o resultado na raia não sai como eu esperava. Mesmo assim, Marinaldo sempre fica do meu lado, com paciência e tratando-me bem. É uma pessoa muito especial e geralmente fica fora da mídia, então quero usar o CERCA MÓVEL para lhe prestar esta homenagem”, disse o cavalo.
Quando já dava por encerrada a nossa conversa, eis que Timeo ainda me solta um fato muito interessante.
“Quero só dar um aviso. Irei descansar um pouco e só devo retornar em julho, com vistas ao Grande Prêmio Brasil. Enquanto isso, acho bom os turfistas ficarem de olho no meu irmão materno Anakin (por Dancer Man e defensor do Stud Rio Dois Irmãos). O garoto corre muito e seu 2° lugar no Derby Brasileiro (G1-2400mG) não foi à toa.”
Sobre uma provável dobradinha dos filhos da égua In The Sand na prova máxima carioca, Timeo respondeu com descontração.
“Bem que a mamãe In The Sand merece. Quem sabe não conseguimos dar este presente para ela no Grande Prêmio Brasil 2011”, avaliou Timeo.
MUITO OBRIGADA
Não poderia deixar passar esta semana sem agradecer os mais de 20 mil acessos ao nosso CERCA MÓVEL. Sabemos que a facilidade da internet nos celulares tornaram ainda mais fácil a vida de todos, que acabam conseguindo um tempinho a mais para curtirem a leitura deste espaço.
Obrigada e também recebemos sugestões para os próximos entrevistados. Bastam enviar e-mail para cercamovel@gmail.com ou deixar mensagem nos comentários abaixo.
O filho de First American e In The Sand (Atticus), de criação do Haras São José da Serra, fez um pequeno balanço de sua campanha.
“Acredito que meus proprietários (Stud Yatasto) estão satisfeitos com meu desempenho nas raias. Competi em 15 carreiras e só fiquei fora do marcador em duas oportunidades. Além disso, das minhas cinco vitórias, três foram em Grupo 1. Desconfio que estou ‘escrevendo’ uma boa história na pista”, brincou, com sabedoria, Timeo.
O castanho de 4 anos atendeu a solicitação do CERCA MÓVEL de reviver momentos antes do Grande Prêmio São Paulo 2011.
“Eu tinha prometido a mim mesmo que iria apagar a má impressão deixada em maio de 2010, quando participei do GP São Paulo e ocupei a 10ª posição. As outras duas vezes que tinha corrido na raia de grama do Hipódromo de Cidade Jardim haviam sido em 2009, quando em setembro cheguei na 4ª posição no GP Ipiranga (G1-1600mG) e em novembro ocupei o 2° lugar no GP Derby Paulista (G1-2400mG).
As corridas faziam parte da Quádrupla Coroa paulista. Ou seja, era inadmissível meu desempenho em maio de 2010. Fiquei constrangido comigo mesmo, pois foi a minha pior colocação em toda a minha carreira de atleta. Consegui transformar a minha derrota em sucesso, pois me dediquei ainda mais aos treinamentos para retornar a São Paulo e reescrever tal história.”
Depois de tal resposta, quis saber se ele tinha certeza que venceria o GP São Paulo 2011.
“Agora, depois do páreo corrido, poderia inventar e dizer que sabia que venceria, mas é lógico que não sou prepotente para afirmar algo deste tipo. Eu sabia que estava muito bem preparado, tanto que venci uma das preparatórias cariocas para o desafio. Portanto, tinha condições de estar entre os cinco primeiros e disso eu não abriria mão.
Durante a corrida, percebi na grande curva que Idoneo estava fazendo um train falso e tratei de me aproximar. Jéca também pressentiu e correu ainda mais próximo, por isso ponteou na reta final com rapidez.
Eu queria disparar e o M. Mazini (jóquei) aguardou o momento certo. Quando exigiu, obedeci e fui com muita vontade de passar. Naquele momento sim, tive a certeza que venceria, pois alcancei Jéca com rapidez. Ele ainda tentou duelar, mas não tinha como, pois eu corria não apenas com minhas patas, mas também com meu coração e meu orgulho próprio”, garantiu.
O CERCA MÓVEL abriu espaço para Timeo fazer algum comentário a mais sobre a corrida.
“Eu não tenho mais nada a falar da corrida em si, mas vou aproveitar este espaço virtual para agradecer a todos os responsáveis pela minha vitória. A começar pelo Dr. Joaquim Antunes, veterinário do Haras São José da Serra, que cuidou com carinho de mim desde os meus primeiros segundos de vida.
Aos titulares do Stud Yatasto pela torcida fiel. Ao treinador Dulcino Guignoni, que sempre confiou no meu potencial de corredor e soube exigir bem nos treinamentos. Ao meu veterinário do dia-a-dia, Dr. Flávio Carneiro. Ao jóquei M. Mazini, que soube me trazer no braço e não no chicote. E um agradecimento especial ao meu cavalariço Marinaldo.
Ele sabe que sou meio chatinho. Gosto de ficar mordendo e me estresso muito quando o resultado na raia não sai como eu esperava. Mesmo assim, Marinaldo sempre fica do meu lado, com paciência e tratando-me bem. É uma pessoa muito especial e geralmente fica fora da mídia, então quero usar o CERCA MÓVEL para lhe prestar esta homenagem”, disse o cavalo.
Quando já dava por encerrada a nossa conversa, eis que Timeo ainda me solta um fato muito interessante.
“Quero só dar um aviso. Irei descansar um pouco e só devo retornar em julho, com vistas ao Grande Prêmio Brasil. Enquanto isso, acho bom os turfistas ficarem de olho no meu irmão materno Anakin (por Dancer Man e defensor do Stud Rio Dois Irmãos). O garoto corre muito e seu 2° lugar no Derby Brasileiro (G1-2400mG) não foi à toa.”
Sobre uma provável dobradinha dos filhos da égua In The Sand na prova máxima carioca, Timeo respondeu com descontração.
“Bem que a mamãe In The Sand merece. Quem sabe não conseguimos dar este presente para ela no Grande Prêmio Brasil 2011”, avaliou Timeo.
MUITO OBRIGADA
Não poderia deixar passar esta semana sem agradecer os mais de 20 mil acessos ao nosso CERCA MÓVEL. Sabemos que a facilidade da internet nos celulares tornaram ainda mais fácil a vida de todos, que acabam conseguindo um tempinho a mais para curtirem a leitura deste espaço.
Obrigada e também recebemos sugestões para os próximos entrevistados. Bastam enviar e-mail para cercamovel@gmail.com ou deixar mensagem nos comentários abaixo.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Amizade verdadeira em qualquer situação
Semana passada estava impossível conseguir um tempinho para escrever para vocês. Não por falta de assunto, pois conversei com diversos cavalos, éguas, potros e potrancas no Hipódromo de Cidade Jardim, por conta da semana máxima paulista.
Apesar de ter ouvido muita coisa interessante de vários personagens, entre eles os heróis e heroínas que venceram as principais provas de São Paulo, a coluna desta semana vem com uma exclusiva sobre o futuro de duas éguas que iniciam um novo período de suas vidas.
Tratam-se de Olympic Message e Olympic Confidence, que largaram às pistas para ingressar na reprodução. Ambas estão empolgadas, ansiosas e, ao mesmo tempo, assustadas pelo que está por vir, mas toparam conversar com o CERCA MÓVEL.
Elas nunca correram juntas, até porque a Confidence tem 4 anos, enquanto que a Message tem 3. Porém a amizade das defensoras do Haras Regina sempre foi intensa.
Uma lição de vida
Olympic Confidence, inclusive, pode não ter tido uma campanha tão vitoriosa quanto a de Olympic Message, mas sua história de vida é composta por vitórias.
“É gratificante poder relatar no CERCA MÓVEL um pouco da minha vida pessoal e profissional. Antes de estrear e de conhecer a Olympic Message, tive uma doença séria e quase morri. Precisei ficar 9 meses em recuperação no Haras São Jose do Bom Retiro. Porém consegui me recuperar e estrear. Os cuidados do veterinário Flávio Carneiro, aliado ao carinho diário do treinador Roberto Solanés, além da companhia da minha grande amiga Olympic Message, já no CT Verde e Preto, impediram de algum outro mal me abater.
Em janeiro de 2011, após alguns meses descansando no CT, para a minha grande surpresa, sai da raia de grama carioca contabilizando mais uma vitória na minha campanha. Isso não tem preço!”, emociona-se a filha de Confidential Talk e Immense Dream (Roi Normand), que foi criada no Haras Di Cellius.
A égua chegou a participar de um Grupo 3 em março deste ano, mas chegou longe e voltou a atuar em páreos de turma, com direito a colocação e a mais uma conquista, no dia 15 de maio, ou seja, domingo passado, em São Paulo.
“Estava disposta a continuar correndo, mas por ser a única que consigo acalmar Olympic Message, ficou decidido que era melhor eu acompanhá-la nessa nova empreitada”, revelou Olympic Confidence, que em campanha correu nove vezes, garantindo quatro vitórias e o mesmo número de colocações.
Amigas verdadeiras
Olympic Message não desmentiu nenhuma palavra da sua amiga e ainda elogiou a atitude de Olympic Confidence.
“Tenho muita sorte em poder contar com uma amiga fiel e paciente como Olympic Confidence. Quando cheguei na cocheira de transferência em São Paulo, chateada pelo meu desempenho no Grande Prêmio São Paulo (G1), foi ela quem veio conversar comigo. E ainda me disse, 'se preocupa não, vou ganhar por você a minha carreira'. Realmente ela cumpriu a palavra e me encontrou cheia de sorriso.
Nossas cocheiras eram vizinhas no CT Verde e Preto, então sempre trocamos figurinhas. Ela nunca permitiu que eu ‘subisse’ no salto quando comecei a ganhar provas nobres. Era direta e dizia qual caminho eu deveria traçar. Não tem preço ter uma amiga assim”, derrete-se a filha de Wild Event e Mère Catherine (Jules), nascida no Haras Santa Maria de Araras.
Com campanha invejável, pois correu 10 vezes e conseguiu cinco vitórias (em Grupo 1, 2 e 3), além de quatro colocações (três 2° lugares em Grupo 1), Olympic Message é uma potranca que qualquer proprietário gostaria de ter defendendo suas cores. Além de muito corredora, a campeã também não é muito de enrolar na hora de falar e topou dizer o que realmente ocorreu domingo passado, quando fechou a raia na principal prova do turfe paulista.
“Estava estreando em São Paulo e voltaria a encarar os machos, mas nada disso me deixou nervosa. Muito pelo contrário, estava confiante de que surpreenderia a todos os adversários, pois me sentia muito bem fisicamente.
Sendo que durante a corrida, quando tentei me aproximar dos ponteiros, machuquei a coroa do meu posterior esquerdo. Foi uma dor insuportável e não tive como aumentar o ritmo, infelizmente”, lamenta Olympic Message, que aproveitou para deixar um recado aos seus responsáveis.
“Fiquei mal não apenas por mim, mas também por toda a equipe do Regina, que confiavam que eu faria uma corrida inesquecível. Quando senti o machucado, veio na mente todos os dias de trabalho e de dedicação, que foram jogados fora.
Sai da raia paulista completamente desolada e decepcionada. Mas bastou encontrar Olympic Confidence para as coisas mudarem. Ela ouviu todas as minhas lamentações e depois me falou umas verdades.
Disse que eu não tinha motivo algum de estar triste, pois já tinha vencido provas muito importantes e dado alegria suficiente para qualquer equipe. Inclusive, iria ganhar em São Paulo para termos direito a umas cenouras especiais antes de viajarmos. Ela conseguiu levantar o meu astral, sem dúvida alguma”, disse.
Por conta do machucado, a campanha de Olympic Message foi encerrada precocemente, mas a potranca não reclama.
“Eu poderia sim ter aguardado mais uns 4 ou 5 meses para curar do posterior esquerdo, mas é como a Olympic Confidence falou, não tinha mais nada a provar à ninguém. Com pouco tempo de campanha, consegui feitos que poucos animais conseguem. Então saio da pista de cabeça erguida, com o sentimento de dever cumprido, que é o que mais importa”.
Futuras reprodutoras
Sobre o futuro, Olympic Confidence e Olympic Message estão apreensivas, mas felizes com o novo lar.
“Chegamos ontem (quinta-feira) aqui no Haras Santa Ana do Rio Grande, em Bagé. Fizemos ótima viagem e o frio está agradável. Não sei como será acordar amanhã e não ter a rotina de treinamento, mas irei me acostumar. Também tenho a minha amiga fiel (Olympic Confidence) ao meu lado nesta nova empreitada”, avaliou Olympic Message.
Já Olympic Confidence estava empolgada era com outra coisa.
“Não vejo a hora de conhecer o cavalo Manduro. Dizem que ele tem uma pegada daquelas. Entre julho e agosto devemos nos conhecer melhor. Depois, quem sabe, eu conto para o CERCA MÓVEL como foi o nosso encontro”, encerrou aos relinchos a égua.
Apesar de ter ouvido muita coisa interessante de vários personagens, entre eles os heróis e heroínas que venceram as principais provas de São Paulo, a coluna desta semana vem com uma exclusiva sobre o futuro de duas éguas que iniciam um novo período de suas vidas.
Tratam-se de Olympic Message e Olympic Confidence, que largaram às pistas para ingressar na reprodução. Ambas estão empolgadas, ansiosas e, ao mesmo tempo, assustadas pelo que está por vir, mas toparam conversar com o CERCA MÓVEL.
Elas nunca correram juntas, até porque a Confidence tem 4 anos, enquanto que a Message tem 3. Porém a amizade das defensoras do Haras Regina sempre foi intensa.
Uma lição de vida
Olympic Confidence, inclusive, pode não ter tido uma campanha tão vitoriosa quanto a de Olympic Message, mas sua história de vida é composta por vitórias.
“É gratificante poder relatar no CERCA MÓVEL um pouco da minha vida pessoal e profissional. Antes de estrear e de conhecer a Olympic Message, tive uma doença séria e quase morri. Precisei ficar 9 meses em recuperação no Haras São Jose do Bom Retiro. Porém consegui me recuperar e estrear. Os cuidados do veterinário Flávio Carneiro, aliado ao carinho diário do treinador Roberto Solanés, além da companhia da minha grande amiga Olympic Message, já no CT Verde e Preto, impediram de algum outro mal me abater.
Em janeiro de 2011, após alguns meses descansando no CT, para a minha grande surpresa, sai da raia de grama carioca contabilizando mais uma vitória na minha campanha. Isso não tem preço!”, emociona-se a filha de Confidential Talk e Immense Dream (Roi Normand), que foi criada no Haras Di Cellius.
A égua chegou a participar de um Grupo 3 em março deste ano, mas chegou longe e voltou a atuar em páreos de turma, com direito a colocação e a mais uma conquista, no dia 15 de maio, ou seja, domingo passado, em São Paulo.
“Estava disposta a continuar correndo, mas por ser a única que consigo acalmar Olympic Message, ficou decidido que era melhor eu acompanhá-la nessa nova empreitada”, revelou Olympic Confidence, que em campanha correu nove vezes, garantindo quatro vitórias e o mesmo número de colocações.
Amigas verdadeiras
Olympic Message não desmentiu nenhuma palavra da sua amiga e ainda elogiou a atitude de Olympic Confidence.
“Tenho muita sorte em poder contar com uma amiga fiel e paciente como Olympic Confidence. Quando cheguei na cocheira de transferência em São Paulo, chateada pelo meu desempenho no Grande Prêmio São Paulo (G1), foi ela quem veio conversar comigo. E ainda me disse, 'se preocupa não, vou ganhar por você a minha carreira'. Realmente ela cumpriu a palavra e me encontrou cheia de sorriso.
Nossas cocheiras eram vizinhas no CT Verde e Preto, então sempre trocamos figurinhas. Ela nunca permitiu que eu ‘subisse’ no salto quando comecei a ganhar provas nobres. Era direta e dizia qual caminho eu deveria traçar. Não tem preço ter uma amiga assim”, derrete-se a filha de Wild Event e Mère Catherine (Jules), nascida no Haras Santa Maria de Araras.
Com campanha invejável, pois correu 10 vezes e conseguiu cinco vitórias (em Grupo 1, 2 e 3), além de quatro colocações (três 2° lugares em Grupo 1), Olympic Message é uma potranca que qualquer proprietário gostaria de ter defendendo suas cores. Além de muito corredora, a campeã também não é muito de enrolar na hora de falar e topou dizer o que realmente ocorreu domingo passado, quando fechou a raia na principal prova do turfe paulista.
“Estava estreando em São Paulo e voltaria a encarar os machos, mas nada disso me deixou nervosa. Muito pelo contrário, estava confiante de que surpreenderia a todos os adversários, pois me sentia muito bem fisicamente.
Sendo que durante a corrida, quando tentei me aproximar dos ponteiros, machuquei a coroa do meu posterior esquerdo. Foi uma dor insuportável e não tive como aumentar o ritmo, infelizmente”, lamenta Olympic Message, que aproveitou para deixar um recado aos seus responsáveis.
“Fiquei mal não apenas por mim, mas também por toda a equipe do Regina, que confiavam que eu faria uma corrida inesquecível. Quando senti o machucado, veio na mente todos os dias de trabalho e de dedicação, que foram jogados fora.
Sai da raia paulista completamente desolada e decepcionada. Mas bastou encontrar Olympic Confidence para as coisas mudarem. Ela ouviu todas as minhas lamentações e depois me falou umas verdades.
Disse que eu não tinha motivo algum de estar triste, pois já tinha vencido provas muito importantes e dado alegria suficiente para qualquer equipe. Inclusive, iria ganhar em São Paulo para termos direito a umas cenouras especiais antes de viajarmos. Ela conseguiu levantar o meu astral, sem dúvida alguma”, disse.
Por conta do machucado, a campanha de Olympic Message foi encerrada precocemente, mas a potranca não reclama.
“Eu poderia sim ter aguardado mais uns 4 ou 5 meses para curar do posterior esquerdo, mas é como a Olympic Confidence falou, não tinha mais nada a provar à ninguém. Com pouco tempo de campanha, consegui feitos que poucos animais conseguem. Então saio da pista de cabeça erguida, com o sentimento de dever cumprido, que é o que mais importa”.
Futuras reprodutoras
Sobre o futuro, Olympic Confidence e Olympic Message estão apreensivas, mas felizes com o novo lar.
“Chegamos ontem (quinta-feira) aqui no Haras Santa Ana do Rio Grande, em Bagé. Fizemos ótima viagem e o frio está agradável. Não sei como será acordar amanhã e não ter a rotina de treinamento, mas irei me acostumar. Também tenho a minha amiga fiel (Olympic Confidence) ao meu lado nesta nova empreitada”, avaliou Olympic Message.
Já Olympic Confidence estava empolgada era com outra coisa.
“Não vejo a hora de conhecer o cavalo Manduro. Dizem que ele tem uma pegada daquelas. Entre julho e agosto devemos nos conhecer melhor. Depois, quem sabe, eu conto para o CERCA MÓVEL como foi o nosso encontro”, encerrou aos relinchos a égua.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Durban Thunder ensina a hora de ter um novo lar
Desde meados de abril que teve início a venda de produtos nascidos em 2009 com os leilões espalhados pelo país. O CERCA MÓVEL conversou com um dos produtos que marcou a história dos leilões brasileiros.
Esse bate papo é justamente para passar segurança aos novos potrinhos e potrinhas que terão de encontrar palco parecido pelos próximos dias.
Durban Thunder, cavalo de 10 anos, relembra o que sentiu na época que foi leiloado.
“Fazia parte do lote da Fazenda Mondesir e estava sendo leiloado no famoso leilão Top Classic. A arrumação do local, as tendas, as cocheiras diferenciadas, o clima de festa, pois estava na semana do Grande Prêmio São Paulo, tudo isso me deixou apreensivo.
Acabei entrando no clima, conhecendo outros potros que estavam nas cocheiras ao lado até que chegou o grande momento de subir no palco. Quando entrei, a música era alta, muita gente me olhava, o leiloeiro conversava com os clientes. Não tem como não se assustar!”, conta Durban Thunder.
Perguntamos o que ele fez para continuar no palco do leilão.
“Pensei em fugir, mas aos poucos comecei a entender como funcionava aquilo. O som foi baixando, as pessoas me olhavam com carinho, depois faziam sinais e outras pessoas, que ficavam de costas para mim, gritavam muito alto. Era o sinal que o leiloeiro precisava para narrar o lance.
Então, percebi que ninguém queria o meu mal. Só estavam valorizando a minha forma física e também a minha filiação, afinal de contas sou filho de Royal Academy e Fausse Monnaie (Ghadeer)”, sorri.
Pedimos para Durban Thunder descrever os minutos finais do seu leilão.
“Chegou uma hora que a cada lance, as pessoas aplaudiam e comemoravam. Só fui entender o que acontecia quando o leiloeiro bateu o martelo e anunciou o meu valor final, que correspondia ao recorde brasileiro desde então. Não tem como não ficar envaidecido por conta disso, mas assim que comecei a sair do palco, outra preocupação passou a surgir: o que seria de mim daquele momento em diante?”, indagou.
Era justamente onde o CERCA MÓVEL queria chegar e portanto deixamos que Durban Thunder continuasse descrevendo sua situação.
“Fiquei preocupado porque não voltaria mais para o sossego da Fazenda Mondesir. Não encontraria mais o colo materno, nem aquela vida sossegada de haras. Sendo que meu desespero foi chegando ao fim dias depois, quando enfim cheguei na cocheira do Stud Raça.
Meu treinador Mario Campos me deu muito carinho. Fui domado, comecei a treinar e a correr com mais determinação. E o resultado todo mundo sabe, foram três corridas e o mesmo número de vitórias, sendo a principal o GP J. Adhemar de Almeida Prado (G1-1600mG), a Taça de Prata, principal corrida para os potros de 2 anos”, relembra com os olhos marejados.
Durban Thunder foi arrematado em 2003 por mais de R$ 500 mil. Atualmente, é garanhão e cobriu mais de 260 éguas nos últimos anos.
“Os filhos que tenho contato, tento acalmá-los nesta hora dos leilões. Explico que é normal sentir insegurança, mas faz parte da vida de um bom cavalo de corrida. Também ensino para confiar no futuro, pois pensamento positivo é sempre válido”, encerrou o garanhão, que logo na primeira geração estreada em 2010, já obteve filho vencedor clássico como Desejado Thunder, que estará tentando o quilômetro internacional paulista na próxima semana, no GP ABCPCC (G1-1000mG).
Então potrinhos e potrinhas, usem como exemplo a história do campeão Durban Thunder e sejam felizes nos novos lares que forem arrematados. Até a próxima!
Esse bate papo é justamente para passar segurança aos novos potrinhos e potrinhas que terão de encontrar palco parecido pelos próximos dias.
Durban Thunder, cavalo de 10 anos, relembra o que sentiu na época que foi leiloado.
“Fazia parte do lote da Fazenda Mondesir e estava sendo leiloado no famoso leilão Top Classic. A arrumação do local, as tendas, as cocheiras diferenciadas, o clima de festa, pois estava na semana do Grande Prêmio São Paulo, tudo isso me deixou apreensivo.
Acabei entrando no clima, conhecendo outros potros que estavam nas cocheiras ao lado até que chegou o grande momento de subir no palco. Quando entrei, a música era alta, muita gente me olhava, o leiloeiro conversava com os clientes. Não tem como não se assustar!”, conta Durban Thunder.
Perguntamos o que ele fez para continuar no palco do leilão.
“Pensei em fugir, mas aos poucos comecei a entender como funcionava aquilo. O som foi baixando, as pessoas me olhavam com carinho, depois faziam sinais e outras pessoas, que ficavam de costas para mim, gritavam muito alto. Era o sinal que o leiloeiro precisava para narrar o lance.
Então, percebi que ninguém queria o meu mal. Só estavam valorizando a minha forma física e também a minha filiação, afinal de contas sou filho de Royal Academy e Fausse Monnaie (Ghadeer)”, sorri.
Pedimos para Durban Thunder descrever os minutos finais do seu leilão.
“Chegou uma hora que a cada lance, as pessoas aplaudiam e comemoravam. Só fui entender o que acontecia quando o leiloeiro bateu o martelo e anunciou o meu valor final, que correspondia ao recorde brasileiro desde então. Não tem como não ficar envaidecido por conta disso, mas assim que comecei a sair do palco, outra preocupação passou a surgir: o que seria de mim daquele momento em diante?”, indagou.
Era justamente onde o CERCA MÓVEL queria chegar e portanto deixamos que Durban Thunder continuasse descrevendo sua situação.
“Fiquei preocupado porque não voltaria mais para o sossego da Fazenda Mondesir. Não encontraria mais o colo materno, nem aquela vida sossegada de haras. Sendo que meu desespero foi chegando ao fim dias depois, quando enfim cheguei na cocheira do Stud Raça.
Meu treinador Mario Campos me deu muito carinho. Fui domado, comecei a treinar e a correr com mais determinação. E o resultado todo mundo sabe, foram três corridas e o mesmo número de vitórias, sendo a principal o GP J. Adhemar de Almeida Prado (G1-1600mG), a Taça de Prata, principal corrida para os potros de 2 anos”, relembra com os olhos marejados.
Durban Thunder foi arrematado em 2003 por mais de R$ 500 mil. Atualmente, é garanhão e cobriu mais de 260 éguas nos últimos anos.
“Os filhos que tenho contato, tento acalmá-los nesta hora dos leilões. Explico que é normal sentir insegurança, mas faz parte da vida de um bom cavalo de corrida. Também ensino para confiar no futuro, pois pensamento positivo é sempre válido”, encerrou o garanhão, que logo na primeira geração estreada em 2010, já obteve filho vencedor clássico como Desejado Thunder, que estará tentando o quilômetro internacional paulista na próxima semana, no GP ABCPCC (G1-1000mG).
Então potrinhos e potrinhas, usem como exemplo a história do campeão Durban Thunder e sejam felizes nos novos lares que forem arrematados. Até a próxima!
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Adversárias não enxergam Alta Vista
Se existia alguma dúvida sobre o que Alta Vista conseguiria fazer na pista de grama, todas foram exterminadas pela potranca do Stud Galope, que encarou a relva paulista justamente encarando uma prova de Grupo 1: o GP João Cecílio Ferra (G1-1500mG), e permaneceu invicta em quatro apresentações.
O CERCA MÓVEL não esteve em São Paulo, mas falou com a filha de Amigoni e Bella Cy (Belo Colony), criada no Haras Cifra, por telefone.
“Obrigada pela ligação. Estou feliz em fazer parte do CERCA MÓVEL, muito comentado por colegas, mas que desde que estreei (janeiro de 2011), estava fora do ar. Agora viro notícia e chegarei em todos os locais do mundo através da internet”, brincou Alta Vista.
Alta Vista topou confessar se tinha ou não receio da pista de grama.
“Sinceridade, não tinha o menor receio! Todo mundo sabe que treino no Hipódromo do Tarumã e que aqui não tem pista de grama. Também as primeiras provas graduadas para minha geração, em São Paulo, eram realizadas na areia. Por isso que iniciei campanha na areia.
A pista de grama não tinha segredos para mim, pois a minha mãe (Bella Cy) não apenas correu, mas ganhou provas clássicas na grama, portanto eu tinha isso em meu sangue.
Para facilitar a minha vida, também foi permitido que eu pisasse na grama de Cidade Jardim dias antes do páreo, para fazer um reconhecimento. Naquele momento, sabia que tinha total condição de sair da raia com mais uma vitória, mesmo sendo em Grupo 1”, garante.
Em ação no 5° páreo da reunião do último domingo, no Jockey Club de São Paulo, Alta Vista largou na frente e de lá não saiu, sofrendo ataque crucial de Glowing Spirit nos metros decisivos. A campeã relembrou a corrida.
“Não sou de preocupar-me com adversárias. Faço a minha corrida e procuro fazê-la de modo limpo. Larguei na frente e logo na grande curva, precisei manter um ritmo forte, pois Vienna Purse tentava aproximação. Quando alcancei a reta final, consegui me desvencilhar das oponentes e abrir certa folga.
Apenas nos metros decisivos percebi a aproximação de Glowing Spirit, mas não sou de desistir fácil e aumentei um pouco o ritmo, alertada pelo meu jóquei Silvio Generoso. Por isso, cruzei o disco mais uma vez na frente!”
Nas três primeiras saídas, Alta Vista ganhou sempre por mais de 3 corpos. No domingo, a diferença foi de cabeça, mas isso não desestabilizou a corredora do Stud Galope.
“Glowing Spirit é uma grande corredora e tinha como mérito já ter atuado e vencido na grama paulista, talvez estes sejam os motivos de sua aproximação tão rapidamente. Ganhar por vários corpos ou por mínima não importa, o mérito maior é cruzar na frente. Gosto de ser desafiada e aposto que o nosso reencontro será ainda mais emocionante”, sugeriu.
Para finalizar a nossa entrevista, Alta Vista aproveitou para fazer dois agradecimentos especiais.
“Primeiramente, quero agradecer o carinho e o cuidado de toda equipe do treinador Amilton Aquino Farias, em especial ao cavalariço José Paulo dos Santos e também ao veterinário Maurício Pontarollo, pois eles são responsáveis diretos por meu preparo e forma física, tratando-me com o carinho e o respeito que todo atleta puro-sangue inglês merece.
Também quero dedicar esta minha conquista em Grupo 1 para o meu pai Amigoni. Existia um papo de que seus filhos rendiam pouco na grama, que eram melhores na areia. Estou aqui para comprovar que meu pai tem talento de sobra para passar para seus descendentes. Tenho orgulho em ser sua filha”, encerrou emocionada Alta Vista.
BLOG NOVO NA REDE
Pessoal, não poderia encerrar o CERCA MÓVEL desta semana sem comentar o site dos meus colegas Kelvin Turrin, Marco ‘Chalana’ e Guilherme Genzini, o www.turfistas.com
Os garotos gostam de carreiras e dão o toque jovial que falta na maior parte dos hipódromos nacionais. Portanto, convido aos leitores que passam por aqui, que visitem.
Sim, o endereço fará parte da nossa listagem à direita, para futuras visitas. Abraços e até a próxima sexta-feira.
O CERCA MÓVEL não esteve em São Paulo, mas falou com a filha de Amigoni e Bella Cy (Belo Colony), criada no Haras Cifra, por telefone.
“Obrigada pela ligação. Estou feliz em fazer parte do CERCA MÓVEL, muito comentado por colegas, mas que desde que estreei (janeiro de 2011), estava fora do ar. Agora viro notícia e chegarei em todos os locais do mundo através da internet”, brincou Alta Vista.
Alta Vista topou confessar se tinha ou não receio da pista de grama.
“Sinceridade, não tinha o menor receio! Todo mundo sabe que treino no Hipódromo do Tarumã e que aqui não tem pista de grama. Também as primeiras provas graduadas para minha geração, em São Paulo, eram realizadas na areia. Por isso que iniciei campanha na areia.
A pista de grama não tinha segredos para mim, pois a minha mãe (Bella Cy) não apenas correu, mas ganhou provas clássicas na grama, portanto eu tinha isso em meu sangue.
Para facilitar a minha vida, também foi permitido que eu pisasse na grama de Cidade Jardim dias antes do páreo, para fazer um reconhecimento. Naquele momento, sabia que tinha total condição de sair da raia com mais uma vitória, mesmo sendo em Grupo 1”, garante.
Em ação no 5° páreo da reunião do último domingo, no Jockey Club de São Paulo, Alta Vista largou na frente e de lá não saiu, sofrendo ataque crucial de Glowing Spirit nos metros decisivos. A campeã relembrou a corrida.
“Não sou de preocupar-me com adversárias. Faço a minha corrida e procuro fazê-la de modo limpo. Larguei na frente e logo na grande curva, precisei manter um ritmo forte, pois Vienna Purse tentava aproximação. Quando alcancei a reta final, consegui me desvencilhar das oponentes e abrir certa folga.
Apenas nos metros decisivos percebi a aproximação de Glowing Spirit, mas não sou de desistir fácil e aumentei um pouco o ritmo, alertada pelo meu jóquei Silvio Generoso. Por isso, cruzei o disco mais uma vez na frente!”
Nas três primeiras saídas, Alta Vista ganhou sempre por mais de 3 corpos. No domingo, a diferença foi de cabeça, mas isso não desestabilizou a corredora do Stud Galope.
“Glowing Spirit é uma grande corredora e tinha como mérito já ter atuado e vencido na grama paulista, talvez estes sejam os motivos de sua aproximação tão rapidamente. Ganhar por vários corpos ou por mínima não importa, o mérito maior é cruzar na frente. Gosto de ser desafiada e aposto que o nosso reencontro será ainda mais emocionante”, sugeriu.
Para finalizar a nossa entrevista, Alta Vista aproveitou para fazer dois agradecimentos especiais.
“Primeiramente, quero agradecer o carinho e o cuidado de toda equipe do treinador Amilton Aquino Farias, em especial ao cavalariço José Paulo dos Santos e também ao veterinário Maurício Pontarollo, pois eles são responsáveis diretos por meu preparo e forma física, tratando-me com o carinho e o respeito que todo atleta puro-sangue inglês merece.
Também quero dedicar esta minha conquista em Grupo 1 para o meu pai Amigoni. Existia um papo de que seus filhos rendiam pouco na grama, que eram melhores na areia. Estou aqui para comprovar que meu pai tem talento de sobra para passar para seus descendentes. Tenho orgulho em ser sua filha”, encerrou emocionada Alta Vista.
BLOG NOVO NA REDE
Pessoal, não poderia encerrar o CERCA MÓVEL desta semana sem comentar o site dos meus colegas Kelvin Turrin, Marco ‘Chalana’ e Guilherme Genzini, o www.turfistas.com
Os garotos gostam de carreiras e dão o toque jovial que falta na maior parte dos hipódromos nacionais. Portanto, convido aos leitores que passam por aqui, que visitem.
Sim, o endereço fará parte da nossa listagem à direita, para futuras visitas. Abraços e até a próxima sexta-feira.
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Os altos e baixos da tarde do Derby
Amigos, no último domingo foram realizadas as duas últimas etapas da Tríplice Coroa de potrancas e produtos do Jockey Club Brasileiro. O Hipódromo da Gávea recebeu os melhores corredores de 3 anos na sua pista de grama, proporcionando um programa interessante dentro e fora da raia.
Antes do GP Zélia Gonzaga Peixoto de Castro (G1-2400mG), o páreo das potrancas, estive com a grande favorita Olympic Message. Ela tomava um banho de meia barriga e falou pouco comigo.
“Ansiedade é algo que todo atleta tem de sentir antes de um páreo. Estou tranquila, fiz um bom treinamento e acredito que não terei o mesmo problema que tive no Diana”, falou calmamente a defensora do Haras Regina.
Realizado o páreo, a vitória sorriu para Perichole, enquanto Olympic Message chegou na 2ª posição, após ambas proporcionarem um duelo nos metros decisivos digno de Tríplice Coroa.
A campeã falou aos prantos comigo, depois da corrida.
“Quero parabenizar Olympic Message pela corrida, pois engrandece ainda mais a minha vitória ter sido sobre ela, que é uma corredora diferenciada. Tudo o que eu queria era ter uma Coroa na minha campanha. Estou muito feliz com o resultado”, disse Perichole, que defende as cores do Stud Estrela Energia.
Sobre seu futuro, a potranca preferiu não comentar.
“Não quero pensar nisso agora. Quero comemorar a minha conquista, mas não nego que gostaria de um bom descanso”, deixou no ar Perichole.
Surpreendentemente, Olympic Message fez questão de conversar com a nossa reportagem depois de ser batida na raia.
“Perichole mereceu a vitória. Novamente tive problemas com a minha equipe, que continua sem definir qual a melhor maneira que eu tenho de correr. Precisei brigar nos metros decisivos contra a minha faixa, Olympic Immensity. Na reta oposta e grande curva, tive que me virar sozinha contra as inimigas. E cansei nos metros finais. Paciência! Sei que sou capaz de ir mais adiante, mas espero que a minha equipe ajude e não atrapalhe”, disparou Olympic Message.
Quis saber quais seriam seus planos futuros.
“Pretendia atuar fora do Brasil, mas não posso deixar o país com duas derrotas consecutivas, principalmente por respeito aos meus torcedores, que me escolheram favorita nas minhas últimas atuações. Quero descansar um pouco, pois a rotina de treinamento foi exaustiva. Quando retornar, que seja contra um time misto, para eu impor na raia tudo o que eu sou capaz”, finalizou a filha de Wild Event e Mère Catherine (Jules), nascida no Haras Santa Maria de Araras.
Seguindo na reunião carioca, o potro Desejado Thunder confirmou o favoritismo absoluto no GP ACPCCRJ (G3-1000mG) e garantiu a 10ª vitória da campanha, em 12 apresentações.
“Quero agradecer a toda equipe do Stud Alvarenga, começando pelo Dr. Ulisses Lignon Carneiro, que me viu nascer, passando pelos cuidados diários da veterinária Cristina Vieira e culminando pelo treinamento do Alemão (J. C. Sampaio). Também Dalto Duarte, que tem me deixado correr como gosto. A todos, meu muito obrigado!”, discursou o potro do Stud Alvarenga.
Quando quis a confirmação sobre seu próximo compromisso, o filho de Durban Thunder e Glorious Magee (Spend A Buck) não deixou o CERCA MÓVEL terminar a frase.
“É lógico que quero voltar a São Paulo. Não venci quando estive lá, mas estou mais maduro e pretendo dar a volta por cima na semana internacional paulista. Com certeza, tomarei os cuidados necessários para estar alinhado em maio no GP ABCPCC (G1-1000mG)”, encerrou Desejado Thunder.
A prova mais aguardada por todos era o GP Cruzeiro do Sul – Derby Brasileiro (G1-2400mG), que proporcionou um dos finais mais emocionantes da semana, com quatro competidores chegando agarrados.
O vencedor foi o argentino Cisne Branco, que mesmo se declarando brasileiro, arranha um portunhol.
“Yo no soy argentino. Me considero um verdadeiro brasileño. Portanto, puede arrancar de meu nombre a ese símbolo de la argentina”, ordenou o filho de Lode e Cirandinha (Ibero), de criação e propriedade do Haras Santa Maria de Araras.
Sobre a corrida, o alazão foi presunçoso com o resultado final.
“Yo corri na parte posterior (fundo) do lote, pero sabia que tinha las piernas para llegar aos ponteiros. Queria dar uma emoção extra a meus fãs, creo que consegui”, brincou Cisne Branco, que livrou focinho de vantagem ao chegar no espelho.
O campeão também agradeceu o apoio da equipe.
“No queria recordar la tragédia da sierra do Rio. Atrasou mi regresso e yo no pude ganhar la triple corona (tríplice coroa). Pero, parabéns la equipe Araras, dirigida por Roberto Morgado Neto. Merece aplauso. Sim, mi jinete (jóquei) Marcos Mazini também es impressionante. Confia em mim e no me deixa sair de la carrera em momento algum”, finalizou o argentino, ou melhor, brasileiro Cisne Branco, que segue invicto em quatro apresentações.
Espero que no próximo encontro com Cisne Branco, o potro já esteja mais adaptado ao nosso português, porque tem misturado mais a língua que eu.
Até a nossa próxima edição pessoal, pois a CERCA MÓVEL voltou com tudo e depende da companhia de vocês semanalmente.
Sim, sugestões de pautas e/ou patrocínios, escrevam para cercamovel@gmail.com
Antes do GP Zélia Gonzaga Peixoto de Castro (G1-2400mG), o páreo das potrancas, estive com a grande favorita Olympic Message. Ela tomava um banho de meia barriga e falou pouco comigo.
“Ansiedade é algo que todo atleta tem de sentir antes de um páreo. Estou tranquila, fiz um bom treinamento e acredito que não terei o mesmo problema que tive no Diana”, falou calmamente a defensora do Haras Regina.
Realizado o páreo, a vitória sorriu para Perichole, enquanto Olympic Message chegou na 2ª posição, após ambas proporcionarem um duelo nos metros decisivos digno de Tríplice Coroa.
A campeã falou aos prantos comigo, depois da corrida.
“Quero parabenizar Olympic Message pela corrida, pois engrandece ainda mais a minha vitória ter sido sobre ela, que é uma corredora diferenciada. Tudo o que eu queria era ter uma Coroa na minha campanha. Estou muito feliz com o resultado”, disse Perichole, que defende as cores do Stud Estrela Energia.
Sobre seu futuro, a potranca preferiu não comentar.
“Não quero pensar nisso agora. Quero comemorar a minha conquista, mas não nego que gostaria de um bom descanso”, deixou no ar Perichole.
Surpreendentemente, Olympic Message fez questão de conversar com a nossa reportagem depois de ser batida na raia.
“Perichole mereceu a vitória. Novamente tive problemas com a minha equipe, que continua sem definir qual a melhor maneira que eu tenho de correr. Precisei brigar nos metros decisivos contra a minha faixa, Olympic Immensity. Na reta oposta e grande curva, tive que me virar sozinha contra as inimigas. E cansei nos metros finais. Paciência! Sei que sou capaz de ir mais adiante, mas espero que a minha equipe ajude e não atrapalhe”, disparou Olympic Message.
Quis saber quais seriam seus planos futuros.
“Pretendia atuar fora do Brasil, mas não posso deixar o país com duas derrotas consecutivas, principalmente por respeito aos meus torcedores, que me escolheram favorita nas minhas últimas atuações. Quero descansar um pouco, pois a rotina de treinamento foi exaustiva. Quando retornar, que seja contra um time misto, para eu impor na raia tudo o que eu sou capaz”, finalizou a filha de Wild Event e Mère Catherine (Jules), nascida no Haras Santa Maria de Araras.
Seguindo na reunião carioca, o potro Desejado Thunder confirmou o favoritismo absoluto no GP ACPCCRJ (G3-1000mG) e garantiu a 10ª vitória da campanha, em 12 apresentações.
“Quero agradecer a toda equipe do Stud Alvarenga, começando pelo Dr. Ulisses Lignon Carneiro, que me viu nascer, passando pelos cuidados diários da veterinária Cristina Vieira e culminando pelo treinamento do Alemão (J. C. Sampaio). Também Dalto Duarte, que tem me deixado correr como gosto. A todos, meu muito obrigado!”, discursou o potro do Stud Alvarenga.
Quando quis a confirmação sobre seu próximo compromisso, o filho de Durban Thunder e Glorious Magee (Spend A Buck) não deixou o CERCA MÓVEL terminar a frase.
“É lógico que quero voltar a São Paulo. Não venci quando estive lá, mas estou mais maduro e pretendo dar a volta por cima na semana internacional paulista. Com certeza, tomarei os cuidados necessários para estar alinhado em maio no GP ABCPCC (G1-1000mG)”, encerrou Desejado Thunder.
A prova mais aguardada por todos era o GP Cruzeiro do Sul – Derby Brasileiro (G1-2400mG), que proporcionou um dos finais mais emocionantes da semana, com quatro competidores chegando agarrados.
O vencedor foi o argentino Cisne Branco, que mesmo se declarando brasileiro, arranha um portunhol.
“Yo no soy argentino. Me considero um verdadeiro brasileño. Portanto, puede arrancar de meu nombre a ese símbolo de la argentina”, ordenou o filho de Lode e Cirandinha (Ibero), de criação e propriedade do Haras Santa Maria de Araras.
Sobre a corrida, o alazão foi presunçoso com o resultado final.
“Yo corri na parte posterior (fundo) do lote, pero sabia que tinha las piernas para llegar aos ponteiros. Queria dar uma emoção extra a meus fãs, creo que consegui”, brincou Cisne Branco, que livrou focinho de vantagem ao chegar no espelho.
O campeão também agradeceu o apoio da equipe.
“No queria recordar la tragédia da sierra do Rio. Atrasou mi regresso e yo no pude ganhar la triple corona (tríplice coroa). Pero, parabéns la equipe Araras, dirigida por Roberto Morgado Neto. Merece aplauso. Sim, mi jinete (jóquei) Marcos Mazini também es impressionante. Confia em mim e no me deixa sair de la carrera em momento algum”, finalizou o argentino, ou melhor, brasileiro Cisne Branco, que segue invicto em quatro apresentações.
Espero que no próximo encontro com Cisne Branco, o potro já esteja mais adaptado ao nosso português, porque tem misturado mais a língua que eu.
Até a nossa próxima edição pessoal, pois a CERCA MÓVEL voltou com tudo e depende da companhia de vocês semanalmente.
Sim, sugestões de pautas e/ou patrocínios, escrevam para cercamovel@gmail.com
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Instalando a Cerca Móvel em 2011
Como estão vocês leitores? Completa hoje 105 dias que 2011 começou e só agora o blog CERCA MÓVEL dá a cara. Peço perdão aos que costumavam aparecer por aqui semanalmente, mas comecei a fazer uma pós-graduação que somada às minhas obrigações semanais na Turf Brasil, fizeram com que a minha agenda ficasse apertada para me dedicar ao nosso blog.
Não tenham dúvidas, os cavalos andaram reclamando bastante no meu ouvido, principalmente quando apareço no Jockey Club, pela falta de atualização. Muita coisa aconteceu desde a minha última postagem, em julho de 2010, até os dias atuais, sendo que iremos tratar daqui para frente, ok?
Sim, outro detalhe importante, a atualização do CERCA MÓVEL continuará sendo semanalmente, sendo que ao invés de quinta-feira, escolhemos as sextas para entrar no ar.
Nesta nova versão, presto homenagem a égua West Hope, que passa a ser nossa tela de entrada. Agora vamos ao trabalho!!!
O mais legal é que neste final de semana teremos muitas provas nobres acontecendo tanto no Rio de Janeiro, quanto no Paraná (o Derby) e em São Paulo (os últimos testes para a semana máxima paulista), portanto, notícias não irão faltar para a próxima edição.
Na semana anterior, conversei rapidamente com Another Xhow e Quadriball, 1° e 2° colocados no GP João Borges Filho (G2-2400mG), a última preparatória para os cariocas que pretendem atuar em maio no GP São Paulo 2011 (G1-2400mG).
“Sofri um pequeno prejuízo do Sal Grosso ao entrar na reta final, o que me fez abrir ainda mais para poder iniciar a minha atropelada, mas o importante é que no final levei a melhor. Em maio, espero voltar a São Paulo e tornar-me campeão da prova máxima”, avisa o campeão Another Xhow.
“Cansei nos metros decisivos e percebi que Another Xhow e Sal Grosso chegavam com muita ação. Sendo que não quis sucumbir e arrumei forças para retomar o galão, garantindo a dupla. Acredito que no Hipódromo de Cidade Jardim, com um pouco de chuva e uma grama mais pesada, conseguirei surpreender meus adversários”, ameaça Quadriball.
Sal Grosso, que tentará o bi em maio próximo, foi procurado pela reportagem, mas não quis se pronunciar.
Não tenham dúvidas, os cavalos andaram reclamando bastante no meu ouvido, principalmente quando apareço no Jockey Club, pela falta de atualização. Muita coisa aconteceu desde a minha última postagem, em julho de 2010, até os dias atuais, sendo que iremos tratar daqui para frente, ok?
Sim, outro detalhe importante, a atualização do CERCA MÓVEL continuará sendo semanalmente, sendo que ao invés de quinta-feira, escolhemos as sextas para entrar no ar.
Nesta nova versão, presto homenagem a égua West Hope, que passa a ser nossa tela de entrada. Agora vamos ao trabalho!!!
O mais legal é que neste final de semana teremos muitas provas nobres acontecendo tanto no Rio de Janeiro, quanto no Paraná (o Derby) e em São Paulo (os últimos testes para a semana máxima paulista), portanto, notícias não irão faltar para a próxima edição.
Na semana anterior, conversei rapidamente com Another Xhow e Quadriball, 1° e 2° colocados no GP João Borges Filho (G2-2400mG), a última preparatória para os cariocas que pretendem atuar em maio no GP São Paulo 2011 (G1-2400mG).
“Sofri um pequeno prejuízo do Sal Grosso ao entrar na reta final, o que me fez abrir ainda mais para poder iniciar a minha atropelada, mas o importante é que no final levei a melhor. Em maio, espero voltar a São Paulo e tornar-me campeão da prova máxima”, avisa o campeão Another Xhow.
“Cansei nos metros decisivos e percebi que Another Xhow e Sal Grosso chegavam com muita ação. Sendo que não quis sucumbir e arrumei forças para retomar o galão, garantindo a dupla. Acredito que no Hipódromo de Cidade Jardim, com um pouco de chuva e uma grama mais pesada, conseguirei surpreender meus adversários”, ameaça Quadriball.
Sal Grosso, que tentará o bi em maio próximo, foi procurado pela reportagem, mas não quis se pronunciar.
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