Incrível como se desenvolvem as corridas de cavalo pelo Brasil afora. No último domingo e segunda-feira acompanhei o desenrolar do XL GP Turfe Gaúcho (700mA) pela primeira vez.
Conheci 10 simpáticos competidores, em sua maioria meninas. Todos inexperientes, a começar pela idade, apenas 2 anos, e nunca tinham corrido na frente de câmeras e de público. Mas, domingo, encararam o primeiro desafio oficial.
Não tive como não perceber o duelo entre o Stud Duplo Ouro e a parceria Haras Gentil Carlesso/Stud Alegretense. Tio Colete, o mais comentado antes mesmo de entrar na raia, mostrou certa superioridade ao enfrentar Ladrilheiro.
“Tenho de honrar a minha filiação. Sou um Dodge em Danzling Scarlet (Technology), criado pelo Haras Anderson. Tenho mais é que correr muito numa reta de 700 metros”, respondeu o defensor da parceria Haras Gentil Carlesso/Stud Alegretense, que venceu a primeira disputa do dia.
Os competidores do Stud Duplo Ouro não fizeram por menos. First Julia tratou de acabar fácil com a corrida no 2º terno disputado.
“Se Tio Colete pensa que é bom, lhe dou um conselho: fique de olho nas mulheres. Sim, porquê corremos muito mais”, disse a filha de First American e Dear Julia (Baynoun), criada pelo Stud Aparte, logo após vencer a segunda eliminatória com Tiago Josué Pereira.
A terceira eliminatória, muitos dos turfistas presentes não deram muita confiança, pois não tinha nenhum competidor do duelo Duplo Ouro x Gentil Carlesso/Alegretense. Venceu a corrida True Swank, potranca que veio de Palmeira das Missões e que não quis muita conversa depois da disputa.
“Hoje (domingo) é só uma eliminatória. Amanhã (segunda-feira) é que valerá tudo. Ainda bem que consegui desempenhar bem o meu papel, ficando na frente e garantindo uma vaga para a final”, resumiu True Swank.
Na última disputa, dos três competidores, apenas um novato que não pertencia ao duelo Duplo Ouro x Gentil Carlesso/Alegretense. Marcando o segundo ponto para o Stud Duplo Ouro e conduzido por Tiago Josué Pereira, Consumidor foi quem passou na frente.
“Estou feliz pelo meu papel desempenhado. Irei junto com First Julia trazer a vitória para o Stud Duplo Ouro, pois Tio Colete não será páreo para nós dois juntos”, provocou o filho de Confidential Talk e Native Love (Ghadeer), criado pelo Haras Fronteira P.A.P.
A tarde de segunda-feira reservava muitas surpresas. O grande assunto nas cocheiras era a disputa entre as duas coudelarias tradicionais em cancha reta. Alguns diziam que correndo em parelha, seria mais fácil para o Stud Duplo Ouro levar. Outros acreditavam seriamente na filiação de Tio Colete , da parceria HarasGentil Carlesso/Stud Alegrente. Enfim, toda essa discurssão só foi terminar às 18h, horário da final do XL GP Turfe Gaúcho (700mA), no Hipódromo do Cristal.
First Julia não escondia a satisfação em ser conduzida por Tiago Josué Pereira. “Ele tinha a opção de escolher entre eu e Consumidor. Se fui a escolhida, é porque TJ sabe que tenho condições de levar a prova”, avaliou a competidora.
Tio Colete estava com uma aparência diferente do dia anterior e não quis gravar entrevista. True Swank é outra que foi direto para o partidor e não permitiu muita conversa com a imprensa.
Dada a largada, os competidores sairam juntos do boxe, mas passados 450 metros, a parelha do Stud Duplo Ouro mostrava domínio do páreo. Tio Colete gritava, ‘não dá mais para mim’, e foi quando First Julia diminuiu o ritmo ‘já ganhamos Consumidor, em dobradinha’. Sendo que nesse instante, uma surpresa aconteceu. Pela baliza 2, voando, surgia True Swank. Consumidor ainda tentou avisar First Julia, ‘cuidado, ela tem reservas’, sendo que era tarde demais, pois quando a potranca do Stud Duplo Ouro tentou forçar para buscar a vitória, True Swank chegava firme no disco de chegada, ainda permitindo que o jóquei V.Rocha comemorasse jogando longe o chicote.
Ao terminar a corrida, True Swank não mais se escondeu da imprensa e conversou abertamente. “Esse duelo das duas coudelarias foi ótimo para mim, pois os competidores das mesmas quem tinham obrigação de vencer. Eu estava competindo apenas, seria mais uma no campo, mas a pressão a que eles mesmos se colocaram, me ajudou bastante. Só tenho a parabenizar a equipe do treinador D. Vieira e em especial ao meu proprietário José Idilio Saggin, que teve coragem em me inscrever e garantiu o prêmio de R$ 100 mil”, disse a filha de True Confidence e Jasaindy (Fast Gold), criada pelo Haras Campestre.
“Sim, queria fazer uma menção especial ao meu pai, True Confidence, pois faço parte da primeira geração nacional do mesmo, ou seja, já nascemos com categoria de sobra”, encerrou True Swank.
É leitores, como já dizia o ditado, carreiras são sempre carreiras. Até a próxima!
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
A festa bombou no Uruguai
Acredito que pedir desculpas hoje aos leitores pelo atraso da coluna seria muito pouco para os verdadeiros fãs do CERCA MÓVEL, mas motivos diversos fizeram com que a coluna não fosse atualizada em tempo. Alguns profissionais, outros pessoais, mas enfim, continuamos vivos, fortes e torcendo pela companhia de vocês.
O último dia 6 de janeiro serviu para comprovar, por mais um ano, que o turfe do Uruguai não pára de crescer. O Hipódromo de Maroñas recebeu lotação máxima, os ingressos para o grande dia do Ramirez acabaram antes mesmo do alinhamento para a prova máxima.
Desde que o prado uruguaio ressurgiu das cinzas, como uma verdadeira fênix, que os cavalos brasileiros estão por lá. Apesar disso, não acreditava que nossos competidores, nascidos em nossa terra, pudessem ser os grandes astros do dia mais importante do turfe de Maroñas.
Um verdadeiro show demos por lá, mas prefiro, e acredito que os leitores também, que os nossos astros eqüinos contem como foi!
“Fiquei chateado com o que houve com Pedra de Ouro (fez forfait da prova), mas sabia que tinha capacidade de me dar bem no GP Maroñas (G2-1000mA). Apesar do campo complicado, tinha receio de outro brasileiro: Indovinajo, principalmente pelo que sua mãe, La Garufa, já havia feito tempos atrás no mesmo prado uruguaio. Sendo que me senti um potro quando entrei na reta final. Me senti voando e fiquei muito satisfeito em ter aberto o meeting internacional marcando ponto para o Brasil”, resumiu Adiacent, um cavalo brasileiro, de 5 anos, filho de Midnight Tiger e Jambalaia Blues (Tokatee), criado por Gelso Luiz Cima e defensor das cores do Stud Luc Luc, que marcou 58”05 para o quilômetro.
Indovinajo, que contava com uma forte torcida gaúcha em Maroñas, lamentou um pouco não ter vencido a prova. “Se por um lado fico chateado em não ter vencido, por outro, fico extremamente satisfeito por fazer a dobradinha brasileira. Ainda posso tentar levar essa prova no próximo ano, para satisfazer não só meu pai Dodge, mas especialmente minha mãe La Garufa, que fez ótima campanha nessa raia.”
Para quem já teve como representante Necessaire na pista de Maroñas, que ganhou em 2004 e 2006 o título de melhor égua do prado uruguaio, não tem como não se sentir órfão no GP Ciudad de Montevideu (G1-2000mA). Relamente, o Brasil não teve nenhuma representante alinhada para a grande prova. Enfim, parabéns a Essa Fragancia, que levou a carreira.
No 12º páreo, alinharam os competidores para o GP José Pedro Ramirez (G1-2400mA), a prova central da programação. Nem o mais otimista dos brasileiros poderia sugerir o ótimo resultado: dobradinha nacional.
O adorado Relento fez jus à sua torcida e cruzou na frente, enquanto Bucaneer mais uma vez mostrou seu talento e com Antonio Queiroz formou a dupla. Jujuy decepcionou e fechou raia.
“Fiquei muito chateado com meu resultado. Até a última curva, sentia que levaria a carreira. Mas, do nada, não senti mais as minhas patas. Cansei de repente e não pude chegar em melhor posição. Queria ter dado essa alegria aos meus responsáveis, que me trouxeram até aqui, mas o importante é que estou recuperado e pronto para novos desafios”, declarou Jujuy, que está satisfeito em continuar campanha no Uruguai.
Bucaneer lamentava o resultado. “Parece brincadeira. Em 2008, perdi a corrida por desleixo do meu jóquei. Agora, me deram um piloto melhor, mas competir com Relento é sacanagem.O cavalo parece que toma combustível, ao invés de água, pois consegue manter o ritmo até cruzar o disco. Enfim, ao menos espero conseguir a vaga para o Latinoamericano, pois quero rever os amigos brasileiros.”
Relento, que nasceu no Brasil, mas depois de 6 meses foi levado para o Uruguai, pouco fala o português, mas foi simpático na entrevista. “Posso ter nascido no Paraná, mas meu coração é uruguaio. Pensei que iria ter a chance de correr no país em que nasci, mas meus responsáveis preferem que eu siga campanha no hemisfério norte, então estarei fora do Latinoamericano 2009.”
Bem, se estava tudo a mil maravilhas, não podia encerrar melhor o meeting internacional. No GP Pedro Pineyrua (G1-1600mA), um brasileiro surpreendeu ao vencer o último dos clássicos. Alcorano fechou com chave de ouro a participação nacional em Maroñas.
“Não tenho palavras para falar o que sinto nesse momento. Sem dúvida, as atenções estavam todas para É Uma Pintura, principalmente por tudo que ele fez durante suas últimas atuações. Mas corridas, são corridas e hoje (dia 6, terça-feira) era meu dia. Meu criador (Cirne Lima), meu proprietário (Ulisses Carneiro), meu treinador (Ivo Pereira) e meu jóquei (Everton Rodrigues), todos são brasileiros como eu, então conseguimos obter uma verdadeira conquista extremamente brasileira. Só quero saber de comemorar”, vibrava ao voltar da raia com o êxito Alcorano.
Enfim leitores, para mim foi mais uma grande alegria ter podido estar em Maroñas, a convite dos organizadores, e vivenciar toda a emoção das vitórias obtidas pelos nossos corredores. A casa cheia serviu ainda para sonhar que, quem sabe um dia, também possamos voltar a ter em nossos hipódromos cerca de 16 mil pessoas vibrando com o esporte dos reis.
2009 está apenas começando e sonhar não custa nada!
Fotos: Karol Loureiro
O último dia 6 de janeiro serviu para comprovar, por mais um ano, que o turfe do Uruguai não pára de crescer. O Hipódromo de Maroñas recebeu lotação máxima, os ingressos para o grande dia do Ramirez acabaram antes mesmo do alinhamento para a prova máxima.
Desde que o prado uruguaio ressurgiu das cinzas, como uma verdadeira fênix, que os cavalos brasileiros estão por lá. Apesar disso, não acreditava que nossos competidores, nascidos em nossa terra, pudessem ser os grandes astros do dia mais importante do turfe de Maroñas.
Um verdadeiro show demos por lá, mas prefiro, e acredito que os leitores também, que os nossos astros eqüinos contem como foi!
“Fiquei chateado com o que houve com Pedra de Ouro (fez forfait da prova), mas sabia que tinha capacidade de me dar bem no GP Maroñas (G2-1000mA). Apesar do campo complicado, tinha receio de outro brasileiro: Indovinajo, principalmente pelo que sua mãe, La Garufa, já havia feito tempos atrás no mesmo prado uruguaio. Sendo que me senti um potro quando entrei na reta final. Me senti voando e fiquei muito satisfeito em ter aberto o meeting internacional marcando ponto para o Brasil”, resumiu Adiacent, um cavalo brasileiro, de 5 anos, filho de Midnight Tiger e Jambalaia Blues (Tokatee), criado por Gelso Luiz Cima e defensor das cores do Stud Luc Luc, que marcou 58”05 para o quilômetro.
Indovinajo, que contava com uma forte torcida gaúcha em Maroñas, lamentou um pouco não ter vencido a prova. “Se por um lado fico chateado em não ter vencido, por outro, fico extremamente satisfeito por fazer a dobradinha brasileira. Ainda posso tentar levar essa prova no próximo ano, para satisfazer não só meu pai Dodge, mas especialmente minha mãe La Garufa, que fez ótima campanha nessa raia.”
Para quem já teve como representante Necessaire na pista de Maroñas, que ganhou em 2004 e 2006 o título de melhor égua do prado uruguaio, não tem como não se sentir órfão no GP Ciudad de Montevideu (G1-2000mA). Relamente, o Brasil não teve nenhuma representante alinhada para a grande prova. Enfim, parabéns a Essa Fragancia, que levou a carreira.
No 12º páreo, alinharam os competidores para o GP José Pedro Ramirez (G1-2400mA), a prova central da programação. Nem o mais otimista dos brasileiros poderia sugerir o ótimo resultado: dobradinha nacional.
O adorado Relento fez jus à sua torcida e cruzou na frente, enquanto Bucaneer mais uma vez mostrou seu talento e com Antonio Queiroz formou a dupla. Jujuy decepcionou e fechou raia.
“Fiquei muito chateado com meu resultado. Até a última curva, sentia que levaria a carreira. Mas, do nada, não senti mais as minhas patas. Cansei de repente e não pude chegar em melhor posição. Queria ter dado essa alegria aos meus responsáveis, que me trouxeram até aqui, mas o importante é que estou recuperado e pronto para novos desafios”, declarou Jujuy, que está satisfeito em continuar campanha no Uruguai.
Bucaneer lamentava o resultado. “Parece brincadeira. Em 2008, perdi a corrida por desleixo do meu jóquei. Agora, me deram um piloto melhor, mas competir com Relento é sacanagem.O cavalo parece que toma combustível, ao invés de água, pois consegue manter o ritmo até cruzar o disco. Enfim, ao menos espero conseguir a vaga para o Latinoamericano, pois quero rever os amigos brasileiros.”
Relento, que nasceu no Brasil, mas depois de 6 meses foi levado para o Uruguai, pouco fala o português, mas foi simpático na entrevista. “Posso ter nascido no Paraná, mas meu coração é uruguaio. Pensei que iria ter a chance de correr no país em que nasci, mas meus responsáveis preferem que eu siga campanha no hemisfério norte, então estarei fora do Latinoamericano 2009.”
Bem, se estava tudo a mil maravilhas, não podia encerrar melhor o meeting internacional. No GP Pedro Pineyrua (G1-1600mA), um brasileiro surpreendeu ao vencer o último dos clássicos. Alcorano fechou com chave de ouro a participação nacional em Maroñas.
“Não tenho palavras para falar o que sinto nesse momento. Sem dúvida, as atenções estavam todas para É Uma Pintura, principalmente por tudo que ele fez durante suas últimas atuações. Mas corridas, são corridas e hoje (dia 6, terça-feira) era meu dia. Meu criador (Cirne Lima), meu proprietário (Ulisses Carneiro), meu treinador (Ivo Pereira) e meu jóquei (Everton Rodrigues), todos são brasileiros como eu, então conseguimos obter uma verdadeira conquista extremamente brasileira. Só quero saber de comemorar”, vibrava ao voltar da raia com o êxito Alcorano.
Enfim leitores, para mim foi mais uma grande alegria ter podido estar em Maroñas, a convite dos organizadores, e vivenciar toda a emoção das vitórias obtidas pelos nossos corredores. A casa cheia serviu ainda para sonhar que, quem sabe um dia, também possamos voltar a ter em nossos hipódromos cerca de 16 mil pessoas vibrando com o esporte dos reis.
2009 está apenas começando e sonhar não custa nada!
Fotos: Karol Loureiro
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Hora de agradecer
Feliz 2009 a todos os leitores e protagonistas das estórias do CERCA MÓVEL. Os cavalos de corrida, grandes astros do mundo do turfe, solicitaram um pedido especial do qual não pude negar.
Ao invés de falar sobre as vitórias da semana anterior, todos os vitoriosos clássicos decidiram utilizar a primeira coluna do ano para agradecer a todos os profissionais envolvidos com os cavalos de corrida.
“Queremos agradecer aos treinadores, cavalariços e veterinários, que deixam de viajar nas festas de fim de ano para ficar conosco, atentos às nossas manias e vícios. Muitos até nos entendem só com o olhar. Outros fingem que não nos escutam, mas sabem que escutamos tudo. Enfim, a todos eles, um muito obrigado por mais um ano juntos e que em 2009 consigamos ganhar mais e mais corridas”, falou Portobelo, que vem de vencer a Prova Especial Jayme Augusto de Calvet de Vasconcellos (2000mA) e é treinado por Victor Paim.
Amado Mio, que ganhou a Prova Especial Super Power (1100mA), no Rio de Janeiro, também deixou um recado especial. “Corri ainda mais do que sei para poder ter direito a esse espaço e desejar um ótimo 2009 a todos do turfe, o único esporte que nunca pára.”
Pegando a ponte-aérea, via telefone, conversei com a égua Mary Rê. “Sou uma atropeladora de primeira linha não só graças a minha filiação, mas principalmente a dedicação dos meus criadores e proprietários (Haras Old Friends Ltda.) e em especial a toda equipe de Selmar Lobo, um verdadeiro artista da arte de treinar cavalos de corrida. Estou feliz em ter ganho o Clássico Encerramento (L.-1500mA) e fazer parte da edição especial de fim de ano do CERCA MÓVEL. Um abraço em todos e meu desejo é que em 2009 ocorram mais vitórias e disputas honestas na raia.”
O vencedor do Clássico Ano Novo (L.-1200mA), realizado no 3º páreo da última reunião de domingo no Hipódromo de Cidade Jardim, deixou o seguinte recado. “Meus proprietários, o casal Stefan Friborg e Dalva de Oliveira, estão em Dubai, mas mesmo assim seguem ligados em tudo o que acontece no Brasil. A eles, que me adquiriram e me deixaram sob os cuidados perfeitos da equipe de Eduardo Garcia, um muito obrigado. Vou trabalhar para retribuir em 2009 todos os mimos que tenho recebido. Estamos juntos, sempre!”, finalizou o tordilho, que iluminou a raia paulista no último clássico do ano 2008.
Eu leitores, faço minhas todas as palavras dos vencedores da última semana. Mais um ano se encerra, mas todos os treinadores e veterinários estão próximos às cocheiras, fazendo de tudo para que nada falte aos corredores, pois o show dos cavalos de corrida não pode acabar nunca.
Vamos nos unir por um turfe mais forte. Que os governantes do nosso país passem a nos enxergar e entendam o quanto um único rabo de cavalo carrega de trabalhadores. Quero agradecer a todos os criadores, que apesar da crise mundial, continuam investindo firme em melhores cruzamentos e um agradecimento especial aos corajosos proprietários, que não se abatem e adquirem a cada ano cavalos de muita, pouca ou quase nenhuma qualidade, mas não deixam que morram o sonho de um turfe melhor.
Que os Jockeys Clubs nacionais sigam os passos dos nossos corredores, que nos dão alegrias em qualquer pista do mundo, e que façam o mínimo: paguem prêmios justos para fortalecer o turfe brasileiro.
Semana que vem, a coluna sairá fresquinha, direto de Montevidéu no Uruguai, onde tudo leva a crer que os brasileiros farão um verdadeiro ‘rapa’ nas provas principais. Jujuy e Relento neles!
Feliz 2009!
Ao invés de falar sobre as vitórias da semana anterior, todos os vitoriosos clássicos decidiram utilizar a primeira coluna do ano para agradecer a todos os profissionais envolvidos com os cavalos de corrida.
“Queremos agradecer aos treinadores, cavalariços e veterinários, que deixam de viajar nas festas de fim de ano para ficar conosco, atentos às nossas manias e vícios. Muitos até nos entendem só com o olhar. Outros fingem que não nos escutam, mas sabem que escutamos tudo. Enfim, a todos eles, um muito obrigado por mais um ano juntos e que em 2009 consigamos ganhar mais e mais corridas”, falou Portobelo, que vem de vencer a Prova Especial Jayme Augusto de Calvet de Vasconcellos (2000mA) e é treinado por Victor Paim.
Amado Mio, que ganhou a Prova Especial Super Power (1100mA), no Rio de Janeiro, também deixou um recado especial. “Corri ainda mais do que sei para poder ter direito a esse espaço e desejar um ótimo 2009 a todos do turfe, o único esporte que nunca pára.”
Pegando a ponte-aérea, via telefone, conversei com a égua Mary Rê. “Sou uma atropeladora de primeira linha não só graças a minha filiação, mas principalmente a dedicação dos meus criadores e proprietários (Haras Old Friends Ltda.) e em especial a toda equipe de Selmar Lobo, um verdadeiro artista da arte de treinar cavalos de corrida. Estou feliz em ter ganho o Clássico Encerramento (L.-1500mA) e fazer parte da edição especial de fim de ano do CERCA MÓVEL. Um abraço em todos e meu desejo é que em 2009 ocorram mais vitórias e disputas honestas na raia.”
O vencedor do Clássico Ano Novo (L.-1200mA), realizado no 3º páreo da última reunião de domingo no Hipódromo de Cidade Jardim, deixou o seguinte recado. “Meus proprietários, o casal Stefan Friborg e Dalva de Oliveira, estão em Dubai, mas mesmo assim seguem ligados em tudo o que acontece no Brasil. A eles, que me adquiriram e me deixaram sob os cuidados perfeitos da equipe de Eduardo Garcia, um muito obrigado. Vou trabalhar para retribuir em 2009 todos os mimos que tenho recebido. Estamos juntos, sempre!”, finalizou o tordilho, que iluminou a raia paulista no último clássico do ano 2008.
Eu leitores, faço minhas todas as palavras dos vencedores da última semana. Mais um ano se encerra, mas todos os treinadores e veterinários estão próximos às cocheiras, fazendo de tudo para que nada falte aos corredores, pois o show dos cavalos de corrida não pode acabar nunca.
Vamos nos unir por um turfe mais forte. Que os governantes do nosso país passem a nos enxergar e entendam o quanto um único rabo de cavalo carrega de trabalhadores. Quero agradecer a todos os criadores, que apesar da crise mundial, continuam investindo firme em melhores cruzamentos e um agradecimento especial aos corajosos proprietários, que não se abatem e adquirem a cada ano cavalos de muita, pouca ou quase nenhuma qualidade, mas não deixam que morram o sonho de um turfe melhor.
Que os Jockeys Clubs nacionais sigam os passos dos nossos corredores, que nos dão alegrias em qualquer pista do mundo, e que façam o mínimo: paguem prêmios justos para fortalecer o turfe brasileiro.
Semana que vem, a coluna sairá fresquinha, direto de Montevidéu no Uruguai, onde tudo leva a crer que os brasileiros farão um verdadeiro ‘rapa’ nas provas principais. Jujuy e Relento neles!
Feliz 2009!
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