quinta-feira, 8 de novembro de 2007

A verdade sobre o Derby 2000




No próximo sábado, dia 10, será realizado o GP Derby Paulista (G1-2400mG), no Hipódromo de Cidade Jardim e as atenções estão todas voltadas para o candidato ao título Meu Rei e para a difícil rival Celtic Princess.


O provável duelo entre um potro e uma potranca faz com que centenas de turfistas e cronistas voltem 7 anos no tempo, quando da realização de outro Derby, o GP Cruzeiro do Sul (G1-2400mG), realizado no Hipódromo da Gávea, no último dia do mês de abril, e que teve um dos finais mais "épicos" da história do turfe nacional.


Na ocasião, Super Power era o candidato ao título e tinha em Be Fair uma rival a ser batida. Quem assistiu a corrida, viu Be Fair entrar absoluta na reta final, com Carlos Lavor sobre o dorso. O "mestre" Juvenal tratava de ajustar Super Power para sua habitual arrancada decisiva.


Super Power dominou Be Fair faltando 300 metros para o disco, porém não conseguia livrar vantagem. Quem vibrou com o episódio foram os turfistas presentes, pois viram um obstinado potro, em busca de um título, encarar uma rival de grande potencial e coração. A decisão só terminou no espelho, quando por diferença mínima, o potro venceu a potranca. Os outros competidores do páreo, não passaram de meros coadjuvantes, pois chegaram muitos corpos depois.

Bem, até aqui, nada de anormal!!!

Sendo que o "CERCA MÓVEL" conversou com a filha de Be Fair, a americana e invicta na pista de Cidade Jardim em duas apresentações, Be So Fair, que nos contou detalhes nunca antes revelado sobre o Derby 2000.

CERCA MÓVEL: Fale-me de você?
BE SO FAIR: Nasci em 20 de fevereiro de 2004 e sou filha da Be Fair com o garanhão Stravinsky, sendo criada pelo R. D. Hubbard.

CM: No Derby 2000, que Be Fair perdeu, você nem era nascida. Sua mãe tinha praticamente a sua idade. O que você sabe sobre a corrida?
BSF: Realmente nem tinha como eu ser nascida, pois a minha mãe ainda era uma potranca. Mas, no ano de 2004, minha mãe me revelou alguns fatos daquela corrida, que para ela foram inesquecíveis.


CM: Se importa de informar aos nossos leitores o que sua mãe, a excelente Be Fair, lhe revelou?
BSF: Lógico! O que poucos sabiam é que mamãe Be Fair sempre foi apaixonada por Super Power, sendo que eles tinham um romance escondido, visto que ela ficava no Vale do Itajara e ele no Vale da Boa Esperança. Mas sempre se encontravam as escondidas.


CM: Como é a história: Be Fair e Super Power eram amantes?
BSF: Sim, e se amavam mais que tudo. É chato falar sobre isso, pois meu pai nunca quis admitir. Mas a minha mãe fica com os olhos marejados quando fala sobre Super Power.

CM: Por quê ela não ganhou o Derby e sim Super Power?
BSF: Minha mãe era uma adolescente apaixonada. Já havia dominado o páreo, eu assisti o vídeo e sabia que ela tinha totais condições de vencer. Mas ela já era tríplice coroada, aliás tinha exatos 21 dias que havia ganhado fácil nos 2.400 metros e recebido o título. Para quê tirar esse prazer e essa conquista do seu primeiro amor? Foi o que ela me disse.

CM: Se Be Fair estava decidida a perder o Derby, por quê lutou intensamente com Super Power durante toda a reta?
BSF: Para valorizar ainda mais o feito do seu amado, ora bolas! Minha mãe é uma égua de muita classe. Poderia perder a corrida, mas nunca de forma ridícula. O importante é que ela conseguiu o que queria: nunca foi cobrada pela derrota, pois a transformou num verdadeiro espetáculo para os turfistas; e o principal, permitiu que Super Power fosse tríplice coroado. Por tabela, ainda presentou o jóquei Juvenal Machado da Silva, pentacampeão do GP Brasil (G1-2400mG), com a única conquista que lhe faltava: a Tríplice Coroa.

CM: Depois daquela corrida, Be Fair foi levada para os Estados Unidos e para longe do seu amor?
BSF: Esse é o final trágico. Ela nunca imaginou que isso fosse acontecer. Acreditava que iria poder ficar no Brasil, perto de Super Power, e, quem sabe, terem filhos. Sendo que a levaram para os Estados Unidos, o que a deixou muito abatida. Tanto, que nunca mais fez nenhuma grande carreira, sendo logo retirada das pistas e seguindo para a reprodução.

CM: E Super Power? Você chegou a conhecer?
BSF: Não, mas acredito que a bambeira que o vitimou, foi decorrência do amor que sentia pela Be Fair. Ele chegou a ir para os Estados Unidos, mas não conseguiram se encontrar. Enfim, foi uma verdadeira história de amor, digna de um "Romeu e Julieta". Fico feliz pela confiança que minha mãe teve em me contar tudo sobre o seu amor verdadeiro.

CM: Obrigada pelas palavras sinceras e continua fazendo sucesso nas pistas. Mas uma pergunta para encerrar a nossa entrevista. Para o Derby do próximo sábado, quem você acredita que vence?
BSF: Meu Rei é um potro lindo. Apesar de um pouco mais novo que eu, chama a atenção de todas as potrancas da geração. Mas acredito na qualidade de Celtic Princess e acho que ela vencerá. As mulheres, correm muito!

Pois bem leitores, não sabia que entre os eqüinos também pudesse existir um amor tão verdadeiro, mas ficarei mais atenta sobre os futuros romances nas nossas pistas. E sábado, torço para que ninguém perca o Derby Paulista, pois pelo que sei, a Celtic Princess não tem interesse algum em Meu Rei, por isso, o páreo promete!!!

6 comentários:

Unknown disse...

Há controvérsias...tenho fonte segura que me afirma que na realidade,Be Fair perdeu pq se "derretia" por Super Power..e perdeu por amar demais...Tomara que a Karol tenha razão em relação a "amizade" apenas de Meu rei e Celtic Princess pq senão..a história pode ser outra...mas..e se o Meu Rei amar mais ???? Até o Derby!

Anônimo disse...

Karol, sempre você nos surpreendendo. Realmente o amor é capaz de fazer milagres. Se a Celtic Princess tivesse nascido na Bahia, certamente iria perder, pois ao olhar para o potro, diria: "Meu Rei"...

Anônimo disse...

Oi Karol, te procurei ontem após o páreo em que atuei, mas como não a vi, resolvi passar por aqui e deixar minha insatisfação.

Sempre fui um bom cavalo, tive meus problemas locomotores, mas consegui reaparecer de quase oito meses longe das pistas, vencendo em meados de setembro.

Ontem, inscrito num páreo de turma, logo eu, que tenho colocações clássicas, me vi obrigado a fazer papel de faixa para meu companheiro de CT, Fortune Hunter, sempre muito inferior a mim, porém, na ocasião, com um rateio muito mais compensador. O resultado você viu né? Eu e o Robber Danz nos destruímos na frente e o FH "passou a gente na cara", ainda trazendo o Roi Caen à tiracolo.

Voltei para o Marmelo envergonhado, já que nunca, nem em competições que fazemos para ver quem sai da cocheira primeiro, eu havia sido derrotado pelo Fortune Hunter.

Envergonhado, peço desculpas pela minha atuação a meus pais, First American e Bomba Lark.

PS: Agora, me admiro o Mota entrar de gaiato nesta história e partir atrás de mim numa perseguição desenfreada, eu tentei avisá-lo no percurso, mas como ele não tem seu dom de nos ouvir, de nada adiantaram meus relinchos...

Anônimo disse...

Gostei Karol! E não esquece de começar você com as corridinhas!
Bjs

Anônimo disse...

Karol, minha protetora,

Parecia que eu estava adivinhando. Lendo a mensagem do Zé Americano, registro minha participação na carreira, terminando num quintinho, apesar dos 51 quilos.

Não me deram folga, depois de encarar Kalibanos, Leporello & cia!

Tô a fim de um refresco, para voltar a dar alegrias ao meu dono e aos apostadores.

Relinchos carinhosos !!!

Anônimo disse...

Karol,

Grato por publicar a capa do Derby histórico entre Super Power e Be Fair.

Como editor, à época, da revista JCB, relembrei o capricho que procuramos dar à mesma.

A montagem ficou muito legal !!!