quinta-feira, 3 de julho de 2008

Festival ABCPCC é sucesso em São Paulo

No último sábado, foi realizado no Hipódromo de Cidade Jardim o Festival ABCPCC, que é composto por três provas de Grupo 1 (duas Taças de Prata e o Matias Machline) e uma de Grupo 3 (destinada aos velocistas).

Estive em São Paulo para acompanhar o desenrolar das carreiras e conversar com os respectivos vencedores e, por sorte, peguei um clima bastante agradável, pois o Sol tratou de brilhar durante toda a tarde, permitindo apenas uma brisa fresca de inverno na capital paulista.

No 3º páreo do programa, Taludo tratou de confirmar as esperanças dos turfistas que o elegeram favorito no GP ABCPCC Velocidade (G1-1000mG).

“Estou me sentindo em grande forma atlética. Larguei pela baliza do meio, mas o Ivaldo Santana, que já me conhece, apesar de não conversar comigo, sabe que prefiro à cerca externa. Então, foi logo me levando para o lado de raia onde rendo o máximo. Permiti a aproximação de Super Duda (pela cerca interna) nos metros decisivos para dar mais emoção à carreira, afinal de contas, minha conquista de hoje (sábado) foi para presentear a minha proprietária Patrícia, que amanhã (domingo), faz aniversário. Ou seja, viajará para o Rio de Janeiro com mais uma taça do Taludo”, falou o filho de Music Prospector e Assinatura (Efesivo), criado pelo Haras Pirassununga e defensor do Stud Patylippe.

Quando estava me afastando do mesmo, Taludo aproveitou para deixar um recado. “Não vejo a hora de voltar a atuar no Hipódromo da Gávea. Em agosto, voltamos a nos encontrar, pois pretendo encarar e vencer o GP Major Suckow (G1-1000mG)”. Está dado o aviso do castanho, que agora tem 4 anos.

O GP Margarida Polak Lara (G1-1600mG), a Taça de Prata para as potrancas de 2 anos, iniciou a seqüência de Grupo 1 na 4ª carreira e a ganhadora, de forma categórica, foi Cores do Brasil, que até aquele momento, ainda não tinha nenhuma conquista na campanha, em quatro saídas.

“Nas duas semanas que antecederam à carreira, contei com a presença do Marcos e Ricardo Simon (pai e filho titulares do Stud Farda Vencedora) na cocheira, sempre me dando carinho e demonstrando confiança no meu potencial. O treinador Nilson Lima também me deixou trabalhar à vontade. Não tinha como decepciona-los e a corrida foi mais fácil do que pensei. Marcelo Cardoso foi convidado para me guiar e mostramos sintonia juntos. Observei quando Dileta Amiga e Shining Queen duelaram pela ponta nos metros iniciais, mas eu estava em grande forma física e nem me preocupei com elas. Mantive a linha 3 durante a maior parte da curva até entrar na reta final, justamente para não correr o risco de ser fechada. Iniciei minha atropelada nos 400 metros finais e passei voando pelas rivais.

Só fui ver a diferença após cruzar o disco, pois olhei para trás e vi Bubbly Jane (que também mostrou grande aceleração final) formar a dupla três corpos depois. Não é para qualquer um sair de perdedor para vencer Grupo 1. Minha mãe, Cores do Céu (Choctaw Ridge) deve estar muito feliz, pois sou a primeira filha que ela produziu”, revelou Cores do Brasil, que tem a mesma linha materna de Eletro Nuclear.

Se mesmo sabendo da grande forma que ostentava, Cores do Brasil preferiu correr na 3ª posição boa parte do percurso, com Sorrentino foi totalmente diferente. O defensor de José Cid Campelo Filho e Carlos R. Fernandes, decidiu o GP J. Adhemar de Almeida Prado (G1-1600mG), a Taça de Prata para os potros de 2 anos, logo no início do 5º páreo da programação festiva.

“Assisti a corrida de Cores do Brasil, mas não sou de esconder potencial. Larguei com José Aparecido no dorso e fiquei na cola de Boker Tov, que aproveitava o fato de ter sido sorteado para a baliza 1 e ponteava a pronva. Sendo que no final da curva, eu já emparelhei com ele, que me ameaçou. ‘Está fazendo o quê por aqui? Você nem pense em me ultrapassar!’ Fiquei chateado e preferi responder em carreira. Liguei minhas turbinas e dei adeus para ele nos 300 finais, para cruzar o disco com folgados 3 ¾ corpos de vantagem, marcando 1’32”780 (o recorde da distância é 1’32”262 e dura desde 2005).

Quando estávamos saindo da raia, Boker Tov, que manteve a dupla, veio me pedir desculpas. ‘Foi mal Sorrentino. Não sabia que você corria tão bem’. Bem, ele não sabia porquê não tinha visto minhas outras corridas, afinal de contas, só perdi, em toda a minha campanha, duas vezes para Embalo, considerado o melhor na raia de areia. Na grama, estou invicto e os rivais que se cuidem na Tríplice Coroa”, encerrou o filho de Wild Event e Bukebele (Punk), criado pelo Haras Santa Maria de Araras e que conta com o preparo de Luis Roberto Feltran.

O SHOW DE TOP HAT

Após as exibições de Taludo (ainda com 3 anos) e dos 2 anos Cores do Brasil e Sorrentino, quem encerrou o Festival ABCPCC foi o cavalo mais experiente do campo. Ainda com 5 anos, Top Hat não quis saber de brincadeira no GP ABCPCC Matias Machline (G1-2000mG). Largou e acabou com a prova, sob o controle de Altair Domingos, fazendo a festa para o Stud JCM.

Sem falar comigo depois da decepcionante atuação na milha, em março, o filho de Royal Academy e Tavira (Effervescing), criado pelo Haras São José da Serra, topo conversar sobre o páreo.

“Entrei em acordo com o treinador João Macedo e só pretendo correr nos dois quilômetros. Sou especialista e recordista nessa distância, então não tem para quê inventar. É bem capaz de futuramente criarem uma prova parecida com essa, nos 2.000 metros, pista de grama, e colocarem o meu nome, pois nas três vezes que atuei no Matias Machline, figurei entre os melhores. Ganhei em 2006, aqui na raia paulista, e cravei o recorde que dura até hoje (1’56”294). Para muitos, considerado o recorde mundial da distância. No ano passado, viajei para o Rio de Janeiro e perdi a carreira para Quatro Mares. Esse ano, com esse campo vazio, eu admitia outro resultado que não fosse mais uma vitória. Por isso, saio como bicampeão.

Ganhar de mim, nos dois quilômetros, numa raia macia ou leve, é tarefa ingrata para qualquer adversário e falo isso com a maior certeza do mundo. Minha próxima exibição eu não sei. Tem o GP Brasil (G1-2400mG), mas não é a distância que eu gosto, portanto prefiro ser guardado para correr o Clássico Cândido Egydio de Souza Aranha (L.-2000mG), aqui em Cidade Jardim, no mês de agosto”, avisou o alazão.

Este final de semana, duas preparatórias para o GP Brasil (G1-2400mG) no eixo Rio/São Paulo e muitos cavalos estão reaparecendo, como Ivoire e Quatro Mares. Estarei pela Gávea no domingo, mas observarei com cautela o desenrolar do páreo no sábado paulista. Afinal de contas, o provável vencedor da prova máxima carioca estará em ação em uma das duas carreiras.

3 comentários:

Anônimo disse...

Karol ta muito "seletiva" fica so conversando com os ganhadores de prova de Grupo...isso vai gerar um "rebulico" entre os cavalos de claiming e menos enturmados...aguardemos..!!!

Marco Aurélio Ribeiro disse...

Karol,

Ouvir o que animais dizem requer sensibilidade e amor por eles. Eles nos ensinam, nos retribuem o que damos a eles nos fazem pessoas melhores. Siga sempre assim.

Marco

♥ ♥ ♥ ♥ ♥ Kátia ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ disse...

wow,
so vc mesmo mana, para falar com cavalos...
aproveita esse dom para investir em apostas, juntar uma graninha e vir me visitar por aqui. :)

Ah! valeu pela visita la no blog. tentarei manter o blog o mais atualizado possivel.

beijinhos