Desde meados de abril que teve início a venda de produtos nascidos em 2009 com os leilões espalhados pelo país. O CERCA MÓVEL conversou com um dos produtos que marcou a história dos leilões brasileiros.
Esse bate papo é justamente para passar segurança aos novos potrinhos e potrinhas que terão de encontrar palco parecido pelos próximos dias.
Durban Thunder, cavalo de 10 anos, relembra o que sentiu na época que foi leiloado.
“Fazia parte do lote da Fazenda Mondesir e estava sendo leiloado no famoso leilão Top Classic. A arrumação do local, as tendas, as cocheiras diferenciadas, o clima de festa, pois estava na semana do Grande Prêmio São Paulo, tudo isso me deixou apreensivo.
Acabei entrando no clima, conhecendo outros potros que estavam nas cocheiras ao lado até que chegou o grande momento de subir no palco. Quando entrei, a música era alta, muita gente me olhava, o leiloeiro conversava com os clientes. Não tem como não se assustar!”, conta Durban Thunder.
Perguntamos o que ele fez para continuar no palco do leilão.
“Pensei em fugir, mas aos poucos comecei a entender como funcionava aquilo. O som foi baixando, as pessoas me olhavam com carinho, depois faziam sinais e outras pessoas, que ficavam de costas para mim, gritavam muito alto. Era o sinal que o leiloeiro precisava para narrar o lance.
Então, percebi que ninguém queria o meu mal. Só estavam valorizando a minha forma física e também a minha filiação, afinal de contas sou filho de Royal Academy e Fausse Monnaie (Ghadeer)”, sorri.
Pedimos para Durban Thunder descrever os minutos finais do seu leilão.
“Chegou uma hora que a cada lance, as pessoas aplaudiam e comemoravam. Só fui entender o que acontecia quando o leiloeiro bateu o martelo e anunciou o meu valor final, que correspondia ao recorde brasileiro desde então. Não tem como não ficar envaidecido por conta disso, mas assim que comecei a sair do palco, outra preocupação passou a surgir: o que seria de mim daquele momento em diante?”, indagou.
Era justamente onde o CERCA MÓVEL queria chegar e portanto deixamos que Durban Thunder continuasse descrevendo sua situação.
“Fiquei preocupado porque não voltaria mais para o sossego da Fazenda Mondesir. Não encontraria mais o colo materno, nem aquela vida sossegada de haras. Sendo que meu desespero foi chegando ao fim dias depois, quando enfim cheguei na cocheira do Stud Raça.
Meu treinador Mario Campos me deu muito carinho. Fui domado, comecei a treinar e a correr com mais determinação. E o resultado todo mundo sabe, foram três corridas e o mesmo número de vitórias, sendo a principal o GP J. Adhemar de Almeida Prado (G1-1600mG), a Taça de Prata, principal corrida para os potros de 2 anos”, relembra com os olhos marejados.
Durban Thunder foi arrematado em 2003 por mais de R$ 500 mil. Atualmente, é garanhão e cobriu mais de 260 éguas nos últimos anos.
“Os filhos que tenho contato, tento acalmá-los nesta hora dos leilões. Explico que é normal sentir insegurança, mas faz parte da vida de um bom cavalo de corrida. Também ensino para confiar no futuro, pois pensamento positivo é sempre válido”, encerrou o garanhão, que logo na primeira geração estreada em 2010, já obteve filho vencedor clássico como Desejado Thunder, que estará tentando o quilômetro internacional paulista na próxima semana, no GP ABCPCC (G1-1000mG).
Então potrinhos e potrinhas, usem como exemplo a história do campeão Durban Thunder e sejam felizes nos novos lares que forem arrematados. Até a próxima!
3 comentários:
Que amoorr!!
Vi uns potrinhos lá no Araras e Old Friends... faziam a maior algazarra... as meninas não paravam de conversar! hauahuahu!
Bjo
Carol
Comprei um filho de Durban Thunder
no leilão do Sta.Luzia no sabado pela manhã.
vc estava lá tirando fotos.
Espero que em futuro proximo vc entreviste meu potrinho.
O nome dele? Abricó
Durban Thunder na Hiparca.
Bjos
Paulo Karam -Fortaleza CE
Os potrinhos estavam lindos realmente Faby... E Paulo Karam, obrigada por ser um leitor deste espaço.
Saiba que o Cerca Móvel ficará de olho no Abricó e espero em breve entrevistá-lo...
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