sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Orgulho da família

Olá leitores, perdoem-me pelo tempo ausente, mas além de estar me curando de certas pancadas injustas, também aproveitei para curtir bastante o carnaval carioca e mais um título da Beija Flor (apesar de ter à Vila Isabel no coração, sempre torci pela escola de Nilópolis, assim como nasci flamenguista). Sendo que vamos falar sobre os cavalos, afinal é nesse espaço que eles têm todo o direito de falarem o que quiserem.

Assim como nós, humanos, ficamos orgulhosos com as vitórias e conquistas de nossos filhos, saibam que os cavalos e éguas também vibram, e muito, com os êxitos de seus produtos. Lógico que as faculdades dos potros e potrancas são bem diferentes das nossas, porém a alegria do dever cumprido é a mesma.

Após o carnaval, fiz questão de falar com West Night. Para quem não conhece, a filha de Slap Jack e Celina Igi (Pass the Word) é a mãe de West Hope (foto), nada mais, nada menos que a atual líder da geração 2005 do turfe carioca.

Em campanha no Hipódromo do Cristal, em 1999, West Night correu três vezes e obteve duas vitórias. Produziu seis filhos, sendo West Hope a caçula da família.

“Não esqueço de nenhum dos meus filhos. O primeiro, Místico Cigano, largou às pistas com quatro vitórias e colocações clássicas. New Silber Star, minha primeira filha, nascida em 2001, só queria saber de namorar e deixou a desejar na raia da Gávea. No ano seguinte, Obirici, irmã inteira de New Silber Star, honrou o nome da família e tratou de seguir ótima campanha no Cristal. Já tem oito vitórias e algumas colocações clássicas. Ainda está em campanha. Voltando a sair com o francês Ghadeer (pai do primeiro), obtive Winning Force. Também segue em campanha e tem três conquistas. Agora só falta falar dos mais novos”, sorri a orgulhosa mamãe, pronta para comentar sobre Winning Gipsy e West Hope.

“Aos 3 anos, mesmo correndo páreo de claiming, tenho fé em Winning Gipsy. Ele é tímido, mas sabe correr bem. Pena que não temos nos falado muito. Estava querendo lhe dar alguns conselhos para, quem sabe, acabar com a sua timidez. Ele precisava conversar mais com os colegas, sair, relaxar na hora da corrida, entende? Ele é muito tenso, mas talvez a culpa tenha sido minha, pois Winning Gipsy é fruto da minha primeira relação com o Crimson Tide”, suspira.

Aproveitei para questionar que o Winning Gipsy é irmão inteiro da West Hope e não tinha porquê serem tão diferentes. Foi quando West Night explicou a situação.

“É simples de explicar. Eu havia saido com o francês Ghadeer (que era um pedaço de mau caminho, mas que infelizmente nos deixou) e com o americano Coax me Clide apenas. Duas vezes com cada. De repente, me aparece um irlandês daqueles no meu box. É de enlouquecer qualquer égua. Sendo que minhas experiências eram poucas, então mesmo querendo, estava com medo de demonstrar. Talvez o Winning Gipsy tenha sentido isso quando estava sendo concebido.”

Concordei com a égua, mas então quis saber mais sobre a West Hope.

“Eu fiquei apaixonada pelo irlandês. Você nem imagina o quanto ele, além de bonito, é galanteador. Me ganhou por inteira e quando o vi novamente passeando pelo meu box, fizemos amor e não apenas procriação. Me senti leve e feliz, talvez tenha passado isso para a West Hope, que nasceu rápido e é super-hiper-alto astral. Vejo as corridas dela e observo o quanto ela gosta de correr. Tem muito do pai, que foi um verdadeiro campeão”, explicou.

Pedi para West Night esquecer um pouco o garanhão e falar mais da potranca.
”O que dizer da minha filha West Hope? Tenho tantas coisas a dizer, mas a primeira delas é agradecer pela sua garra, classe e categoria. É minha única filha que se tornou líder de geração, o que me faz importante. Mas a última vitória dela, na Prova Especial Cidade de Teresópolis (1100mA), na Gávea, no último dia 26, me encheu de orgulho, pois ela brigou com muita vontade e mostrou um imenso poder locomotor. Torço para quê continue assim”, comemorou a mãe da defensora da Coudelaria Jéssica.

De propriedade de Luis Antonio Ribeiro Pinto, West Night torce por novos encontros com Crimson Tide.

“Não quero desmerecer os outros garanhões, mas o irlandês é tudo de bom!”, relinchou a égua de 13 anos, mas com pique de potranca.

Foto: Gerson Martins

2 comentários:

Marco Aurélio Ribeiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marco Aurélio Ribeiro disse...

Karol, como você sabe, a farda do matungo vai voltar às pistas nas próximas semanas. Mas com esta sua capacidade de ouvir os eqüinos e usando de inteligência e malícia invade a privacidade deles, proibi os meus dois de abrirem a boca na sua presença. Se falarem, estão "em cana" (rssss). Semana que vem eu atualizo o meu blog, não precisa cobrar...O tempo tá ficando curto. Bjs!