Aos 4 anos, o corredor do Stud Pedudu conseguiu mais uma vitória em Grupo 1 e estava para lá de satisfeito com o resultado.
Emperor Roderic voa na frente dos adversários |
CERCA MÓVEL: Quando você teve a certeza que venceria o difícil desafio?
EMPEROR RODERIC: Estou sendo muito bem levado pelo Leandro Henrique, jóquei novo, mas com muita coragem. Também sou um cavalo corajoso. Procurei correr sempre próximo dos ponteiros, em 4º. Na reta final, apesar da boa margem que Huber havia conseguido na frente, conseguimos pegar a linha 5 e em boa briga com No Regrets, do meu lado direito, e Frisson, do lado esquerdo, consegui desvencilhar de ambos e cruzar na frente. Aliás, tenho de falar, No Regrets é uma égua e tanto heim.
CM: Quer dizer que você mostrou interesse na tríplice coroada?
ER: Bem, não é sempre que podemos competir ao lado de lindas garotas. No Regrets tem brio. Era a única fêmea no páreo, ouviu algumas bobagens durante o percurso, de alguns cavalos que não respeitam as éguas, mas mostrou-se superior e sua excelente exibição na raia foi sua melhor resposta. Ganhou ainda mais meu respeito.
CM: Com a vitória do último sábado, você soma o segundo ponto em Grupo 1. Mesmo você comentando da parceria com Enólogo, na balança tudo tende ao seu favor
ER: Discordo. Enólogo tem três provas graduadas na campanha: Prova Especial, Grupo 3 e um Grupo 2 que inclusive eu também competia e cheguei atrás dele. Então numa corrida normal, somos dois bons competidores.
Emperor Roderic com 'Rock' e L. Henrique |
ER: De forma alguma. O 'Rock', como o apelidamos na cocheira, é um treinador diferenciado. Procura nos observar com muito cuidado, aprendendo cada novo detalhe sobre nossa forma física. Estamos amadurecendo na idade e nas competições. A ideia é a equipe seguir tratando com carinho o nosso trabalho, que procuraremos recompensá-los com muitas vitórias nas pistas.
CM: Depois de vencer a Copa ABCPCC Clássica, pude vê-lo caminhar e o carinho do seu cavalariço Cizinho. Influencia muito o trabalho dele no seu desempenho?
ER: Sem sombra de dúvida. Somos todos uma equipe. Se eu não prestar atenção nos treinos do Rock (treinador), se o Leandro (jóquei) não conseguir um bom percurso e se o Cizinho não cuidar de mim com tanta dedicação e carinho, com certeza os resultados não viriam. O Cizinho sempre fala que eu não nasci para coadjuvante e sim para ator principal. Estou começando a levar a sério as palavras dele.
CM: Após o festival da Copa dos Criadores, aconteceu a entrega de prêmios do Troféu Mossoró aos vencedores da temporada 2016/2017. Você estava competindo, mas acabou saindo de mãos vazias. Ficou chateado com o resultado?
ER: Eu estava na disputa porque ganhei o GP Cruzeiro do Sul - Derby (G1-2400mG) de Voador Magee, mas ele me venceu no GP Brasil (G1-2400mG) enquanto fiz 3º. A balança foi para o lado dele. Sendo que agora ele foi embora e eu segui no Brasil. Acabei de vencer outro Grupo 1, então posso sim estar na disputa no próximo ano. E de cerca forma não sai de mãos vazias, pois meu pai RODERIC O'CONNOR ganhou como melhor reprodutor e sei que fui uma das peças que contribuiu. Então, parabéns pai pela vitória e estarei procurando sempre honrar seu nome nas pistas.
Com tal declaração emocionada, encerramos a entrevista com o filho de Roderic O'Connor e Lady Carol (por Our Captain Willie), criado no Haras Anderson e defensor das sedas do Stud Pedudu, desejando muito sucesso no seu futuro nas pistas.
Texto e fotos: Karol Loureiro
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