Como vão leitores, como de costume, estou de volta! Sendo que esta semana, tenho uma grande novidade para vocês, mas antes preciso relembrar alguns fatos, pois os mais novos visitantes do CERCA MÓVEL talvez não tenham acompanhado a coluna de 22 de novembro de 2007, portanto, irei relembra-la, pois terá tudo a ver com o que contarei a seguir.
Após a entrevista com Starman, que na época acabara de vencer o Bento Gonçalves (G1-2400mA) com Jorge Ricardo (único Grupo 1 que faltava ao fantástico jóquei brasileiro), e que para os fãs do cavalo logo estarei voltando a conversar com ele, pois estreou no último dia 9 em São Paulo e formou a dupla (quero saber o que houve), reproduzi uma “Mensagem do Além” do potro Senhor Secretário, que tinha sido sacrificado quatro dias antes e mesmo assim conseguiu manter contato com nós, que ainda estamos vivos, através de algum cavalo pai de santo.
Pois bem, contei tudo isso porque fiquei espantada logo após a corrida da West Hope, no último sábado, no Hipódromo da Gávea.
Após deixar as rivais oito corpos para trás, na sua melhor apresentação, em três saídas, a líder carioca, criada por Luis Antonio Ribeiro Pinto e defensora da Coudelaria Jéssica, após as fotos da vitória, voltou chorando para a cocheira.
Segui a filha de Crimson Tide para saber o que estava havendo, afinal de contas, permanecia invicta e cada vez mais líder. Para quê o pranto? Ela me olhou nos olhos e falou algo surpreendente.
“Eu li o CERCA MÓVEL do dia 8 de fevereiro, em que você entrevista a minha mãe. Tudo o que foi dito é a mais pura da verdade. Sendo que tem um detalhe muito interessante nisso: a minha mãe, West Night, morreu cheia de um irmão inteiro meu no ano de 2007”, revelou.
Fiquei abismada com aquilo, afinal de contas havia atendido a ligação de West Night. A filha de Slap Jack confirmou tudo, falou com carinho dos filhos, da paixão pelo irlandês Crimson Tide, da satisfação de ter uma filha líder. Como ela poderia estar morta? Quem falou comigo então?
Diante da minha palidez e da minha busca por respostas, West Hope, apesar de ter apenas 2 anos, falou como uma égua adulta e experiente.
“Quando li a matéria no CERCA MÓVEL, tive várias sensações. Da mesma forma que queria ligar para você e dizer que era impossível que tivesse ocorrido àquela entrevista; sentia um grande alívio, por ler todas aquelas palavras. Convivi com minha mãe, dentro e fora do ventre, durante mais de 1 ano. Aquelas palavras eram dela. A forma carinhosa de se expressar. Sabia que tinha sido ela, mas como? Eu também me perguntei”, disse.
Expliquei para a líder que também estava muito interessada em obter respostas e que não iria descansar até descobrir. Sendo que mais uma vez a potranca me interrompeu.
“Calma, não precisa ficar preocupada. Eu tenho a resposta! Também recebi a mesma ligação no dia seguinte. A voz era igual a da minha mãe, sendo que descobri, através do identificador de chamadas do meu celular, o número que estava me ligando. Guardei o número e liguei no dia seguinte. É uma casa de cavalos e éguas que mexem com tarô, astrologia e também recebem espíritos dos que já se foram dessa para melhor. Foi assim que a minha mãe conseguiu fazer contato. Depois disso, passei a ouvi-la mais duas vezes, a obter algumas sugestões dela. Enfim, virou uma forma de nos comunicar.”
Indaguei se isso estava acontecendo sempre e se tinha como eu entrar em contato com a tal ‘Casa de comunicação com os mortos’, mas outra vez fui cortada por West Hope.
“De forma alguma. Eu liguei, descobri, mas tive de fazer um acordo com eles, de não procura-los. Na verdade, eles que me procuram quando a minha mãe quer entrar em contato. E, antes que você pergunte, depois daquele dia nos falamos mais duas vezes apenas.”
Lógico que quis saber sobre o que ela e a mãe conversaram.
“Bem, na penúltima vez, minha mãe disse que gostou da presença de Feito Craque no céu. Acho até que estão ‘ficando’, pela empolgação dela. Ontem (sexta-feira, dia 15), voltamos a nos falar. Ela pediu que eu ficasse tranqüila, pois hoje (dia 16), estaria me iluminando e que eu comprovaria todo o meu valor. Sem dúvidas, no Clássico Ministério da Agricultura (L.-1200mA) eu não corri. Simplesmente flutuei na raia da Gávea. Por isso sai com lágrimas nos olhos, pois havia sido real a nossa conversa”, emociona-se.
Depois de tudo explicado, dei os parabéns pela grande conquista e tentei me desculpar por ter feito a matéria com sua mãe, West Night. Mais uma vez, ainda bem que não foi na forma de coice e sim de palavras, West Hope me interrompeu.
“Pára com isso! Eu quem tenho de agradecer, pois depois daquela matéria que consegui voltar a ter contato com a minha mãe. Saiba que isso me fez amadurecer bastante. Agora tenho a certeza que tem uma luz sempre me iluminando lá de cima e, por conta disso, tenho de continuar fazendo o meu trabalho aqui na terra. Farei tudo para continuar ganhando corridas, pois a minha mãe merece ter uma filha campeã na terra”, encerrou a conversa e saiu, sorrindo, com brilho nos olhos e pose de campeã.
Pois bem leitores, era o que estava me faltando acontecer. Até do além eu escuto os cavalos falarem. Será que quando eu conseguir tirar férias, eles me darão um descanso? Duvido e também não quero.
SEMANA QUE VEM !!!
Meus amigos, na próxima semana irei conversar com o Joe Bravo, afinal de contas, o potro além de abrir a Tríplice Coroa de produtos do Jockey Club Brasileiro, também fez com que o treinador Venâncio Nahid, enfim, conseguisse a merecida vitória de número 2.000 no Hipódromo da Gávea. Portanto, até a próxima!!!
3 comentários:
Preciso que vc convença a "West Hope"" a me providenciar contatos do além para que eu entenda o pe que meu "matungo"" que fechou raia essa semana não quer correr...acho que esse é o únioc meio dele voltar a correr o que sabe!!
Mãe Karol,
Qualquer dia destes estarás fazendo mapa astral dos cavalos (hehehe). Não demora vais ouvir até o cavalo de bronze, ali do padoque. Além de ouvir bobagens dos humanos, escuta os cavalos e até as assombrações. Saravá, Bangalô três vezes...
Sempre quis sair com uma líder... Será que tenho chance???
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