quinta-feira, 30 de abril de 2009

Smile Jenny resolve falar

Dessa vez, nem vou pedir desculpas aos leitores, pois ficar uma semana sem aparecer por aqui é muito mais doloroso para mim que qualquer coisa. Em compensação, cumpri o prometido na última coluna do CERCA MÓVEL, conversei com Smile Jenny!

A potranca do Stud Torna Surriento era a grande favorita ao êxito no GP Zélia Gonzaga Peixoto de Castro (G1-2400mG), pule de R$ 1,40. A prova, realizada no último dia 21, correspondia a última etapa da Tríplice Coroa de potrancas e a única que faltava para Smile Jenny tornar-se a quarta fêmea a obter o cobiçado título no Rio de Janeiro.

Sendo que as coisas não saíram como a filha de Wild Event e Jenny Jacquet (Roy), criada pelo Haras Santa Maria de Araras, desejou. Por cabeça de diferença, Smile Jenny perdeu a corrida e o título de tríplice coroada. Por isso, foi difícil faze-la falar, mas a castanha topou conversar com o CERCA MÓVEL.

Primeiro quis saber sobre como ela estava se sentindo no dia da corrida.

“Acordei bastante disposta. O tempo estava feio, chovia muito, mas me sentia bem. Cheguei cedo ao Hipódromo da Gávea, não cansei da viagem. Inclusive, viajei com Special Class, que atuou no páreo anterior ao meu e com 3 anos (como eu), correu em prova mista, com competidores mais velhos, e acabou vencendo o GP Associação de Criadores e Proprietários de Cavalos de Corrida do Rio de Janeiro (G3-1000mG), conduzida pelo Jean Pierre, meu jóquei.

Ou seja, entrei na raia de grama (pesada) em seguida com Jean Pierre. Ambos estavam muito mais confiantes de que ganharíamos e talvez tenha sido esse o nosso erro”
, relembra.

Quis saber da corrida em si, no que a mesma não decepcionou em comentar.

“Não quero arrumar desculpas, mas eu estava largando, costumeiramente, pela baliza 1. Tinha mais de 3 meses que eu só atuava por aquele terreno e na raia de areia. De repente, corro pela baliza 9, por fora de todas as minhas adversárias, e também na pista de grama, que estava em boas condições, sendo que muito pesada.

Enfim, eram nove corredoras, sai pela baliza 9, fiz todo o percurso sempre dando vantagem às minhas adversárias e na reta final, depois de ter percorrido muito mais terreno que qualquer outra competidora, tamanha a distância que corri longe da cerca interna, iniciei a minha habitual atropelada.

Jurava que a minha rival era Sagacitá, pois duelamos com firmeza nos últimos 350 metros e quando a dominei foi que me dei conta que por dentro Estrela Anki tinha vencido a prova, por ter passado no disco cabeça na minha frente”
, resume.

Quis saber se ela culpava o jóquei Jean Pierre pela sua derrota.

“Ele é novo na profissão e confiava muito na minha qualidade. Não fez por mal ter escolhido o espaço mais distante da cerca interna. O que nem eu, nem ele esperava era por Estrela Anki correndo junto à cerca interna. O fato de não termos visto a competidora foi que atrapalhou a nossa vitória. Mas, tudo bem, sei que juntos iremos ganhar outras provas importantes e por causa de uma derrota não podemos apagar as outras conquistas que obtivemos juntos.

Parabéns à Estrela Anki e ao jóquei Marcelo Almeida que fizeram uma corrida mais acertada. Sendo que eu era a candidata ao êxito, por isso todas as atenções estavam na minha corrida. Tive de correr um pouco mais aberta que as outras para que não sofresse nenhuma fechada durante o percurso e tudo isso conta no final”
, defende, dando muitas explicações.

Para encerrar o nosso papo, quis saber de Smile Jenny como se sente atualmente e quais os planos futuros.

“Bem, carreiras são sempre carreiras e agora entendi bem esse ditado. Aos poucos começo a aceitar o que realmente aconteceu naquela tarde. Nos primeiros dias foi difícil superar tudo, mas sou nova e sei que novas conquistas virão.

Ainda não está definido o meu futuro. Não sei se tenho tempo de voltar aos 2.000 metros e tentar correr o GP Osaf (G1-2400mG), em maio. No entanto, cheguei bem nos 2.400 metros e não teria medo de encarar, por exemplo, um GP São Paulo (G1-2400mG), mesmo misturada aos machos. Sei que poderia surpreender muita gente e muitos corredores. Mas essa decisão não cabe apenas a mim e sim a uma equipe. Assim que escutar algo na cocheira, te aviso”
, garantiu, dando por fim a nossa conversa.

Então, os leitores, eqüinos ou não, já sabem: assim que eu souber de algo, aviso a vocês por aqui, pelo CERCA MÓVEL.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Capo Lavoro põe em prova a estamina do pai

Como vão leitores! Os dias têm passado mais rápido do que eu gostaria. Viagens, coberturas, eleições, homenagens, são tantas coisas ao mesmo tempo que 24h têm sido pouco tempo para dar conta de tudo. Por isso, nosso CERCA MÓVEL sai só agora. Porém, o importante é estar atualizado no ar.

Segui o conselho da amiga-leitora-indicadora do Cristal, Faby Matos, e entrei em contato com Capo Lavoro. Para quem não conhece, o potro de 3 anos é o candidato ao título de tríplice coroado gaúcho depois de ter vencido as duas primeiras etapas da Coroa no Jockey Club do Rio Grande do Sul.

Descansando na cocheira de I. J. Ferreira, mais conhecido em Porto Alegre como Keko, Capo Lavoro conversou via messenger comigo para o Blog desta semana.

“Que prazer ser o escolhido da semana no CERCA MÓVEL. Leio sempre que posso e, por mais que um dia quisesse ser notícia, nunca imaginei que tão cedo isso viesse a acontecer. Quero aproveitar e agradecer à Fabiana Matos, que vez ou outra vem me dar um alô na cocheira e sei que torce muito por mim”, começou o potro.

A primeira questão que solicitei que o mesmo respondesse foi sobre a sua filiação. Pois o mesmo é filho de Dodge com My Wild (Clackson), criado pelo seu proprietário Oscar Luiz de Carvalho Colombo (Haras Frugarolo do Sul).

Para quem acompanha corridas de cavalo, o garanhão Dodge é altamente reconhecido pelos seus filhos velocistas e precoces, basta lembrar nomes como Old Dodge (vencedor do GP Major Suckow 2004-G1-1000mG); Quartieri; Quenian Killer; Eletro Nuclear (vencedora clássica no Brasil e com colocação em Grupo 1 na Argentina); Gallian (da geração 2006 e vencedor de G3); entre tantos outros.

Sendo que com Capo Lavoro, a história do garanhão do Haras Anderson está prestes a mudar. O potro venceu com firmeza os 1.609 metros do GP Breno Caldas (L.), abrindo a Tríplice Coroa gaúcha. Na última quinta-feira, tratou de garantir a 2ª Coroa ao ganhar o GP Coronel Caminha, isso nos dois quilômetros.

O próximo desafio do castanho será o GP Derby Gaúcho, na distância dos 2.400 metros, pista de areia, percurso que nenhum outro filho de Dodge já tenha vencido.

“Estou perto de provar aos turfistas brasileiros que meu pai Dodge tem sim condições de produzir corredores de provas de fundo. Não posso esquecer que boa parte da minha estamina herdo do meu avô materno, Clackson, tão acostumado a provas de fundo, mas minha velocidade inicial é do meu pai.

Ele merece esta conquista, até mais do que eu, pelas suas 13 gerações estreadas e pelas vitórias obtidas como garanhão. Quero dar esta alegria para ele e calar a boca de alguns egoistas de plantão, que andam falando algumas bobagens e desmerecendo as minhas origens”
, desabafa.

Pelo tom que Capo Lavoro falou, quis saber o que o corredor tem escutado, ao ponto de se chatear tanto. O mesmo, não escondeu os fatos.

“Depois de ter ganho os dois quilômetros na quinta-feira passada, ao voltar para meu box na vila hípica gaúcha, ouvi um engraçadinho (prefere não citar nomes) dizer: ‘para você ter vencido essa etapa, tenho duas explicações, ou você é craque, que eu duvido, ou sua mãe (My Wild) deve ter corneado seu pai’ e ficou rindo.

Lógico que dei um coice bem dado na traseira do infeliz e fiz o mesmo fugir para longe. Como pode, desrespeitar meu pai e, em especial minha mãe, dessa forma. Agora, mais do que nunca, quero correr e vencer o Derby Gaúcho e a distância dos 2.400 metros, pelo meu pai, pela minha mãe e por mim também.

Também estou disposto a fazer qualquer teste de DNA para comprovar de quem eu sou realmente filho. Meu pai (Dodge), depois que ficou sabendo do ocorrido, me ligou para saber como eu estava. Disse para eu não me preocupar com isso, pois a melhor resposta que eu darei será na raia. Ele é um sábio!”
, elogia Capo Lavoro.

Dei por encerrado nosso bate-papo e vou torcer muito para que o potro conquiste o título de tríplice coroado. Conto com a ajuda de vocês leitores, pois tanto as pessoas, como os cavalos de má-fé precisam ser excluidos do nosso turfe.

Na próxima semana, será dia de conversar com Smile Jenny, independente da corrida da mesma na terça-feira, dia 21, quando a potranca encara o último desafio da Coroa carioca. Até lá pessoal!

Foto Capo Lavoro de Traudy Trotta

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Inéditos estreiam raia de grama carioca

Leitores fieis (o acento acabou, pense que fica difícil lembrar algums vezes, mas...), bom estar com vocês por mais uma semana, mesmo que entrando no ar mais tarde que o normal. Porém, o importante é estar sempre atualizando o CERCA MÓVEL e contando para vocês o que anda se passando pela cabeça dos corredores brasileiros pelas pistas do Brasil e do mundo.

Garanto a vocês que minha ideia era conversar, com exclusividade, com o cavalo Gloria de Campeão, afinal de contas, mostrou no sábado, 28 de março de 2009, que no Brasil existem cavalos de grande categoria para disputar as principais provas do mundo, por conta disso, o defensor do Stud Estrela Energia formou a dupla na milionária e internacional Dubai World Cup (G1-2000mA).

Sendo que o filho de Impression e Audacity (Clackson), nascido nos bonitos campos do Haras Santarém, sumiu do mapa. Não consegui entrar em contato com o mesmo e os boatos nos Emirados Árabes é que Gloria de Campeão, que soma em prêmios pouco mais de US$ 1,250,000 (um milhão, duzentos e cinquenta mil dólares), comprou uma ilha e está curtindo um merecido descanso.

Infelizmente, como não o encontrei, pois o mesmo merece sim descansar e falar quando estiver com vontade, tratei de conversar com alguns corredores inéditos que tiveram o privilégio de atuarem na nova grama carioca pela primeira vez, no último sábado, dia 4 de abril.

A maioria dos produtos de 2 anos, só me solicitou que os nomes fossem trocados, pois como todos são inéditos, não querem muito aparecer, por enquanto. Mesmo assim, os mesmos deixaram com que eu os fotografasse. Portanto, o leitor que for experto, identificará fácil quando um deles entrar na raia.

Apenas Viva Vegas não se importou em dizer seu nome e foi logo a filha de Nedawi e Indian Sola (Ghadeer), criada pelo Haras Fronteira, quem primeiro testou a nova raia. Ao voltar do trabalho de 1.000 metros com Cesar Gustavo Netto no comando, a castanha falou conosco.

“É uma emoção imensa. Havia trabalhado antes na areia e nunca tinha visto, na manhã de sábado, no Hipódromo da Gávea, tanta gente. Então comecei a me assustar com a quantidade de pessoas, todas me olhando quando coloquei minha pata direita (a primeira a pisar na grama) na raia. Durante o percurso, gostei muito da firmeza da raia. Mesmo sentindo que tinha muita água na grama, a mesma não permitia que minhas patas afundassem por demais.

O jóquei Gugu me deixou correr à vontade, só no galope, mas quando chegamos na seta dos 1.000 metros, ele me colocou em ação. Corri sem medo, me senti segura o tempo todo com relação a raia e olha que na noite anterior ao trabalho, ouvi de alguns corredores na cocheira que era um perigo entrar na pista de grama, pois havia chovido bastante nos últimos dias e tal.

Fiquei apreensiva com os boatos, mas lá dentro da raia, correndo, vi que tudo o que falaram não tinha sentido. Me senti tão bem, que mesmo sendo um trabalho suave, numa raia encharcada e sendo a primeira vez que eu atuava na mesma, marquei 63s para o quilômetro. Ou seja, nada mal!”
, explicou a pensionista de Jonas Guerra.

Vale destacar que Viva Vegas é uma autêntica corredora de grama, basta lembrar que sua mãe, Indian Sola, das quatro conquistas, três foram na relva do Hipódromo da Gávea. A irmã materna de Viva Vegas, a campeã clássica La Moneda, também deu o que falar quando corria na grama do Jockey Club Brasileiro. Enfim, tem muito futuro a potranca.

Um potro tordilho, que não quis declarar seu nome, entrou na raia com o experiente Edson Ferreira. Após o trabalho, deu seu parecer quanto a nova raia de grama carioca.

“Fiquei meio tonto, pois ainda não sei bem o que fazer em ação. A única coisa que tenho certeza é que melhorarei com o tempo. Durante o trabalho, senti muita água nas minhas canelas, sendo que apesar disso, o terreno estava firme e me passou segurança. Não vejo a hora de voltar na raia de grama, sendo que numa competição de verdade”, declarou após ter passado voando pela raia.

Uma parelha de potros fez um dos trabalhos mais aguardados, justamente para sentir se com mais competidores, a raia aguenta. E deu certo.

“Tenho cerca de 480kg e meu amigo uns 500kg. Ambos corremos em parelha, bem próximos, para testar a firmeza do terreno próximo à cerca interna. Em momento algum tive medo ou insegurança. Sempre corremos firmes e soltamos pouca grama durante o percurso. Não conhecia o terreno, mas fiquei satisfeito por ter sido um dos primeiros a entrar nessa pista”, falou, sem se identificar, o potro mascarado.

Bem leitores, esses corredores inéditos, mesmo sem identificação na maior parte dos casos, merecem os aplausos, pois tiveram a coragem de testar uma raia que muitos acreditavam não ter condições alguma de corrida. Com a excelente demonstração dos mesmos, domingo, 12 de abril, dia de Páscoa, a idéia será comemorar o feriado mundial não com chocolate, mas com muita grama no 6º páreo do Jockey Club Brasileiro.

É aguardar para ver!

8 MIL

Quem diria que entender o que os cavalos falam faria tanto sucesso. Pois bem, esta semana, mesmo com apenas uma coluna por semana, o meu, o seu, o nosso CERCA MÓVEL (me senti a Xuxa por alguns instantes, porquê será?) atinge a excelente marca de 8 mil acessos.

Obrigada a todos os corredores que aqui deixaram seus depoimentos, bem como aos humanos, turfistas ou não, que também passaram por aqui para descobrir um pouco mais sobre o fantástico universo dos equinos (sem trema agora).

Abraços e voltem sempre!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Um carinho a mais por uma próxima Coroa

Correr, os cavalos puro-sangue inglês já provaram que adoram. Sendo que descobri, na última semana, que os mesmos também são chegados a um carinho, comprovando a minha tese que eles não só falam como são parecidos como nós, seres humanos.

Inicio a coluna desta semana indagando sobre esse tema de carinho porque presenciei, in loco, o quanto essa atitude faz diferença quando se trata de um corredor, no caso do personagem dessa estória: corredora.

No domingo, minutos antes das potrancas alinharem para o Grande Prêmio Diana (G1-1900mA), uma competidora em especial vivia um momento de tranquilidade. Quem era ela? Justamente, Smile Jenny.

A candidata ao título de tríplice coroada após ter vencido o GP Henrique Possolo (G1-1600mA) tinha diversas atenções voltadas para a sua corrida. Pensei que a encontraria tensa, devido a tanto assédio, mas a mesma agiu de forma completamente diferente.

Após fazer o cânter do páreo, se afastou das adversárias e ficou próxima a cerca externa, onde eu estava posicionada para fotografar a chegada. Não queria desconcentra-la, por isso fiquei quieta, mas a mesma tratou de puxar conversa.

O primeiro assunto que a defensora do Stud Torna Surriento tratou foi sobre a matéria do começo de março (De volta ao batente), quando a entrevistei após ter vencido a primeira fase da Tríplice Coroa.

“Muito obrigada pelo espaço dado àquela minha corrida e também por ter sido fiel às minhas palavras. Fico feliz em ve-la novamente e espero que faça uma foto bem bonita para quando eu passar pelo disco”, falou confiante Smile Jenny.

A filha de Wild Event e Jenn Jacquet (Roy), criada pelo Haras Santa Maria de Araras, mostrava muita tranquilidade, mesmo faltando poucos minutos para a corrida e já sabendo que no páreo anterior, Engaging, que como ela havia vencido a primeira etapa da Coroa, sendo que na versão masculina, perdeu a chance de disputar o título ao ter chegado na 3ª posição para Uragano Point.

“Ele (Engaging) fez uma boa corrida e um bonito potro (avalia). Assisti o páreo pela televisão antes de ir para o padoque. Acredito eu que ele se precipitou ao iniciar a atropelada um pouco cedo, mas corridas são corridas. Não fico nenhum pouco apreensiva por ele ter pedido o título. Ele é ele, eu sou eu! Jean Pierre e eu temos uma sintonia que são poucos eqüinos e jóqueis que realmente possuem”, ao terminar de falar isso, juro que passei a desconfiar que o jóquei Pierre, assim como eu, também escuta os cavalos de corrida, pois do nada, começou a afagar Smile Jenny.

A corredora não perdeu a chance de continuar falando.

“Viu o que eu disse. Enquanto as minhas adversárias estão nervosas, fico aqui, recebendo esse gesto de carinho. Não fico me remoendo, pensando que logo mais estarei encarando uma corrida de Grupo 1, um desafio para manter um cobiçado título. Muito pelo contrário, sinto que irei galopar sob o comando de alguém que terá o maior cuidado do mundo para não me prejudicar, nem me colocar em percursos sinuosos.

Sei que esse mesmo carinho que ele (Jean Pierre) tem por mim antes mesmo de estarmos correndo, ele manterá na hora do vamos ver. É esperar para crer”
, encerrou a potranca, pois era hora de alinhar.

E leitores, a corrida foi bem como conversamos antes mesmo de acontecer. Smile Jenny e Jean Pierre nem pareciam que estava atuando numa prova de Grupo e defendendo um título. Atuaram tranquilos, entre a 4ª e 5ª posições, para na reta final, darem adeus às rivais e praticamente dividirem a raia de areia do Hipódromo da Gávea, pois cruzaram o disco com fáceis 8 ½ corpos sobre a 2ª colocada.

Voltando da raia, ofegante por ter acabado de correr, vencer e garantir mais um passo para se tornar tríplice coroada, Smile Jenny nem precisou falar comigo. Apenas piscou o olho em minha direção e foi sorrindo para a foto da vitória com seu jóquei, para serem recepcionados por toda equipe do treinador Roberto Morgado Neto, bem como com seu proprietário (Stud Torna Surriento) e criador (Haras Santa Maria de Araras).

De uma coisa eu tenho certeza, se manter esse carinho pré e pós páreo, não me resta dúvida que a corredora será a quarta potranca a se tornar tríplice coroada no Jockey Club Brasileiro, igualando o feito de Indian Chris, Virginie e Be Fair. É esperar para ver!

GLÓRIA DE CAMPEÃO

Não podemos encerrar a coluna desta semana sem dar os parabéns ao excelente corredor Glória de Campeão. O brasileiro formou a dupla na milionária Dubai World Cup (G1-2000mA) e comprova estar apto a encarar as principais provas mundiais do turfe.

E lógico, assim que conseguirmos, iremos conversar com o defensor do Stud Estrela Energia, que nasceu nos campos do Haras Santarém, no Paraná, e obteve suas primeiras conquistas no Hipódromo da Gávea.