Quem conhece a égua Hilaris, defensora da Coudelaria Jéssica, estranhou a sua performance na XV Copa Japão de Turfe (L.-1600mG), realizada no dia 8 de agosto último, no Jockey Club de São Paulo. Na ocasião, a filha de Parme e Nortica (Kitwood), criada pelo Haras Santarém, preferiu nada declarar, mas saiu da raia visivelmente chateada.
Porém nada como um dia após o outro. Na verdade, 34 dias depois, Hilaris voltou a participar de uma corrida no Hipódromo de Cidade Jardim e a história foi completamente diferente do que havia acontecido em agosto.
“Não quero falar de nenhuma adversária, nem desmerecer seus feitos, mas quem me conhece sabe que algo de estranho havia acontecido na Copa Japão. No dia não quis falar, pois estava muito chateada. Era a favorita dos turfistas, público que sempre procuro respeitar ao máximo, e acabei finalizando na última posição.
Antes da partida, minha ferradura soltou. Não conseguia correr, pois o prego ficava me machucando e batendo no meu casco. Completei o percurso apenas para não desistir, mas não tinha nenhuma condição de brigar pela vitória tamanha a dor que sentia”, fala visivelmente emocionada.
Já exposto o problema na Copa Japão, pedi que Hilaris falasse sobre o vareio que deu no Clássico Imprensa (L.-1800mG), realizado no último sábado, no Hipódromo de Cidade Jardim, no que fui prontamente atendida.
“Fica fácil correr com tudo nos conformes. Não sentia dores nos cascos e ainda recebi a direção do líder Waldomiro Blandi. Tive ‘dó’ de quem era minha adversária, pois entrei na raia com a certeza de que não sairia com qualquer outro resultado que não fosse a vitória.
Assim que abriu os boxes, sai com tanta força do partidor que se o meu jóquei não fosse experiente, cairia. Lembro que a 2ª colocada, Carla Ayala, ficou 2 corpos atrás só na largada. No final da reta oposta, Que Milionaria, vencedora do último desafio e acostumada a correr por uma atropelada, saia da última posição para fazer a diagonal e assumir a 5ª.
Se ela, ou qualquer outra, pensava que eu iria esmorecer, só lamento. Ao entrar na reta final, Blandi me deixou a vontade para fazer o que gosto: correr e muito! Meti patas e nem quis lembrar que tinham outras competidoras no campo. Sei que cruzei o disco com fáceis 6 ¾ corpos e garanto que consegui apagar a má impressão deixada em agosto”, fala satisfeita.
Quis saber a opinião de Hilaris com o complemento do marcador.
“A 2ª posição de Carla Ayala me surpreendeu, pois me acompanhou o tempo todo na dupla e pouco se importou na reta final quando Que Milionária atropelou e ficou na 3ª posição. São duas adversárias que tomarei cuidado nos próximos encontros, pois se correm mais próximas, poderiam tentar dar trabalho”, responde com honestidade a égua.
Hilaris alcançou a oitava vitória da campanha, sendo a terceira clássica, perguntei se ela queria dedicar a vitória a alguém.
“Tenho de agradecer a Coudelaria Jéssica, que proporciona todas as condições para o cuidado perfeito do meu treinador Leandro Guignoni, e também a minha força de vontade, pois se não entro na raia focada na vitória, ela não viria”, ensina ao encerrar com o nosso bate-papo.
12 mil acessos
Parece que o CERCA MÓVEL caiu mesmo no gosto dos humanos e equinos. Alcançar 12 mil acessos com uma coluna publicada apenas uma vez na semana é algo fantástico. Obrigada a todos os velhos e novos leitores pela visita semanal.
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